Público aprendeu como “africanizar” durante festival
Exposição, oficinas e feira destacaram a cultura afro durante festival na praça matriz
CAPA - A praça matriz foi palco do 1º Festival Afro Colina realizado no sábado, 17, em comemoração ao Dia da Consciência Negra. O evento, realizado pela prefeitura em parceria com o RoJuNe – Rolê da Juventude Negra e Peiférica, de Ribeirão Preto, destacou a cultura africana por meio de exposição fotográfica, feira livre com venda de roupas e acessórios e oficinas que ensinaram a confecção de bonecas, penteados e pinturas.
“Nosso trabalho evidencia o empoderamento e emancipação da população negra que tem conquistado seu espaço, bem como o fortalecimento do afro empreendedorismo”, destacou a coordenadora cultural Michele da Silva.
Público participa das oficinas durante o 1º Festival Afro de Colina.
O feriado municipal da Consciência Negra, no último dia 20, foi comemorado com a realização do 1º Festival Afro de Colina, que aconteceu no sábado, 17, na praça matriz. O RoJuNe – Rolê da Juventude Negra e Periférica, de Ribeirão Preto, trouxe para Colina oficinas, exposição fotográfica, feira com venda de roupas, acessórios, artesanato e produtos da culinária afro.
As oficinas atraíram o público que aprendeu as técnicas para confecção de bonecas “abayomi”, que se tornaram símbolo da resistência e poder feminino. O festival foi realizado pela Prefeitura Municipal, organizado pela Secretaria de Educação e Cultura e contou com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social e do COMTUR.
“As mães africanas durante as cansativas viagens de navio até o Brasil rasgavam as próprias saias e com os retalhos de tecidos confeccionavam pequenas bonecas, denominadas abayomi, feitas de tranças ou nós, para acalentar os filhos”, explicou Michele Tavares da Silva, coordenadora cultural do RoJuNe, que ministrou a oficina ao lado do também coordenador Jhonn William. O público também aprendeu como fazer os penteados com turbantes, maquiagem, pintura facial e corporal, etc.
“O nosso trabalho evidencia o empoderamento e emancipação da população negra que tem conquistado seu espaço, bem como o fortalecimento do afroempreendedorismo”, destacou Michele.
O festival ainda teve exposição fotográfica “Anastácia: hoje elas falam”, da colaborada e fotógrafa Sheila Brandão. As imagens são inspiradas na famosa foto da escrava que é cultuada como santa e heroína no Brasil. Por quase toda vida Anastácia foi obrigada a usar uma mordaça. A ela também são atribuídos supostos milagres. A releitura contou com a participação de mulheres negras de Ribeirão Preto.
Para o Prefeito Municipal, Dieb Taha, o evento visou evidenciar a contribuição da população afro local para a cultura, economia, história e etnia colinense. “A sociedade caracteriza-se por uma pluralidade étnica e os preconceitos desvalorizam as pessoas e estimulam a discriminação, embora a Constituição Federal de 1988 assegure que todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza”.
Participantes aprendem como confeccionar bonecas de pano em oficina. Júlio César “Biguri”
Fotografa Sheila Brandão, responsável pela exposição de fotografias.
A feira típica com roupas, artesanato e acessórios também foi um dos atrativos.
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