Apesar de conhecido, golpe do “falso sequestro” ainda faz vítimas
Apesar de conhecido, muitas pessoas ainda caem no golpe do “falso sequestro”. Uma idosa de 71 anos, moradora em Barretos, perdeu R$ 3 mil por acreditar que a filha estava em poder de sequestradores que a mantiveram por quase uma hora no telefone, aguardando que o valor fosse depositado em três contas diferentes.
Em Colina muitas pessoas também tiveram prejuízo quando o golpe começou a ser aplicado há algum tempo, mas é sempre bom relembrar o modo de agir dos bandidos como forma de precaução.
A delegada Denise Polizelli disse que na ligação aleatória o criminoso analisa a reação da vítima para prosseguir com o “telegolpe”. “Existe preferência que a pessoa seja idosa porque não desconfiam tanto e têm um grande apreço pela família. Geralmente quem liga é homem e a suposta vítima sequestrada mulher. Na ligação dá para ouvir ao fundo uma pessoa chorando dizendo mãe, vó, etc. Inclusive há relatos de que a voz é idêntica ao do parente sequestrado”, explicou doutora Denise que acrescentou, “a partir deste momento a pessoa fica emocionalmente abalada e, automaticamente, vai dando informações sem perceber. Para que seja eficiente este golpe precisa contar com essa postura da vítima, de render-se ao que o criminoso determina. O ponto crucial é não desligar o telefone para que a vítima não consiga entrar em contato com o parente sequestrado e os depósitos sejam realizados”.
A maneira mais eficaz de evitar cair no golpe e nunca submeter-se às exigências. “Desligue o telefone e ligue para o familiar, se não atender o celular tente o telefone fixo. Se a vítima estiver muito desesperada, com medo que o suposto familiar seja executado, comente com alguém ainda que não desligue o telefone para que essa pessoa te ajude a encontrar seu familiar. Não tome providências de cabeça quente sem antes avaliar qual a real situação. Isso vale para todos os outros golpes”.
A delegada também explicou que no “falso sequestro” existe uma grave ameaça e por isso a jurisprudência tem entendido que esse golpe não configura como estelionato, mas sim extorsão.
NOVO GOLPE
Outra modalidade de golpe mais recente também é feita por telefone. O criminoso, que se passa por delegado, diz que recebeu ameaças e que o número registrado na bina é o da vítima. Então diz que a linha foi clonada e sugere à pessoa, alvo do golpe, para solicitar um reparo à operadora.
O golpista faz um novo contato, desta vez para saber se a solicitação foi feita. Em caso afirmativo o golpista, com uniforme e crachá da operadora, estará em sua casa no dia seguinte. A vítima se torna numa presa fácil porque o bandido entra na residência para roubar, estuprar, etc sem fazer nenhum esforço. Ao receber uma ligação como esta dê queixa imediatamente à polícia.
A maneira mais eficaz para não se tornar vitima de golpes e nunca submeter-se às exigências dos bandidos.
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