Barretos enfrente epidemia de dengue
O município de Barretos até o último dia 16 tinha 505 casos de dengue positivos, 1.603 notificações compulsórias e mais 799 aguardando confirmação, ou seja, a cidade enfrenta uma epidemia da doença que pode se agravar com as chuvas dos últimos dias.
O prefeito Guilherme Ávila decretou situação de emergência em saúde e a necessidade de resposta urgente aos indicadores estatísticos. A medida considera a circulação da dengue tipo 2 e a rápida proliferação do mosquito. O decreto tem vigência de 180 dias consecutivos e ininterruptos.
As sorologias para confirmar os casos de dengue também estão suspensas em Barretos, seguindo parâmetro do Governo do Estado. Essa medida é adotada quando o município atinge um elevado número de casos positivos. O município continuará realizando as notificações normalmente, porém serão encerradas por sinais e sintomas. Febre e mais dois sintomas serão considerados positivo, conforme protocolo do Ministério de Saúde.
Para tentar controlar a epidemia a cidade vizinha também ampliou o horário de trabalho dos agentes de saúde e a dispensa de licitação para contratar serviços de combate ao mosquito transmissor.
EM COLINA
Os casos suspeitos de dengue em Colina, que aguardam resultado de exame, aumentaram e já são 58. Ate o momento, o município só registrou um caso positivo “importado” da doença.
Secretaria aguarda resultados de exames laboratoriais
A Secretaria de Saúde investiga se a morte de duas pessoas em Barretos foi causada pela contaminação por dengue. O material coletado foi enviado ao Instituto Adolf Lutz, em Ribeirão Preto, responsável por encaminhar os resultados.
O secretário Alex Franco informou que um dos pacientes foi atendido na rede privada de saúde. “Não temos nada oficial, estamos aguardando o resultado para então divulgar à toda população”, disse. O prefeito Guilherme Ávila decretou por seis meses estado de emergência devido à epidemia da doença. Até ontem, a secretaria apurou 1.900 casos notificados, 762 confirmados para dengue sendo que destes, 40 pessoas apresentaram o quadro mais grave da doença.
AÇÕES: Alex Franco confirmou várias frentes de ações para controlar a situação. “Trabalhamos para conter a epidemia, na prevenção, eliminação de focos e do mosquito na fase adulta”, disse. Agentes comunitários de saúde e os de combate a endemias, atuam em campo 8 horas por dia no trabalho de varredura, visita casa a casa e retirada de entulhos. Em três dias de arrastão, foram retirados mais de 20 caminhões e 19 pickups de entulho e lixo de alguns bairros. “Isso não acumula do dia para a noite, é uma prova que as pessoas não dão importância para a doença que pode causar danos e sequelas à saúde”, observou.
APOIO: Para controlar a epidemia, a secretaria de saúde pediu apoio da Sucen no reforço com veneno e bombas de aplicação. “Só o veneno não resolve, eliminar na fase adulta é paliativo se tiver criadouro com ovo que eclode é mais um mosquito contaminando”, alertou o secretário.
ASSISTÊNCIA EM SAÚDE: A Secretaria reforçou estoques de medicação injetável nas Unidades de Saúde, aumentou os médicos no período noturno nas UBs do Barretos II e Marília e prioriza pacientes com sintomas da dengue. Também houve reforço de mais um médico na UPA. O Postão da 23 e a Unidade do Barretos II estarão abertos no feriado de carnaval, das 7 às 19 horas para atender casos suspeitos de dengue. O secretário orienta procurar atendimento direto nas Unidades de Saúde para evitar transtornos na UPA e Santa Casa. “Não mediquem em casa, todas as unidades têm médicos da abertura ao fechamento e até pediatras e ginecologistas estão orientados para auxiliar no atendimento”, finalizou.
AÇÕES: Secretário Alex Franco informou sobre ações para combater a dengue. Tininho Junior
Fonte: Jornal O DIÁRIO/Barretos
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