Colinense participou de programa de pesquisa no Canadá
O universitário colinense Carlos Eduardo Milani Neme, de 23 anos, retornou do Canadá no último final de semana após estagiar por três meses em programa mundial desenvolvido no laboratório da Universidade de Regina, cidade que é capital de uma província central canadense.
O colinense atuou fazendo experimentos em projeto de resistência a antibióticos e bactérias, juntamente com outros pesquisadores e doutorandos, sob a supervisão de professor da faculdade, que colaboraram na condução da pesquisa. Ele trabalhava diretamente com bactérias em meio de cultivo, placas e também com genética bacteriana. Como foi selecionado ganhou uma bolsa que cobriu todos os custos com deslocamento, visto, moradia e ainda recebeu ajuda financeira e seguro saúde.
Há um ano o aluno do 4º ano de Ciências Biomédicas da USP/Ribeirão Preto inscreveu-se no programa canadense Mitacs Globalink Research Internship nos projetos que tinha interesse e na área de experiência. O processo de seleção transcorreu por três meses e a resposta final com a aceitação de Carlos Eduardo aconteceu no início de janeiro. Uma das fases do processo de seleção era a entrevista em inglês, por Skype, com os professores responsáveis pelos projetos.
USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS
“Disputei a vaga com candidatos do mundo todo e nessa primeira experiência fora do Brasil aprimorei o meu inglês, um dos motivos do estágio. Foi uma experiência incrível colaborar com a linha de pesquisa, aprendi novas técnicas e lidei com pesquisa de nível internacional. Tudo isso me ajudou bastante e vai ser muito útil na minha formação profissional”, contou o universitário que completou: “passava o dia no laboratório e, às vezes, tinha que me adequar ao experimento, o que modifica um pouco o horário de trabalho. A resistência bacteriana é um problema agravante porque a sociedade está fazendo uso indiscriminado dos antibióticos e a prescrição muitas vezes está desregulamentada. Também há a utilização demasiada na agricultura para ampliar a produtividade, o que gera o problema da disseminação de bactérias no ambiente”.
Ele também ficou impressionado com a competência dos pesquisadores brasileiros. “A comunidade científica brasileira goza de respeito lá fora, tanto que o Brasil é um dos países selecionados para concorrer a esse programa. A experiência é muito enriquecedora, recomendo muito porque abre novos horizontes. No exterior aprendi muito mais sobre meu país e a dar valor a muitas coisas”.
CONTATO MAIS PRÓXIMO COM CANADENSES
Morar na universidade era uma das opções do programa, mas Carlos Eduardo preferiu alugar um quarto na casa de uma família canadense para ter um contato mais próximo com os anfitriões que, segundo ele, são muito cordiais e educados. “Eles são muito receptivos, amigáveis, gostam dos brasileiros e a maioria diz que quer conhecer as belezas naturais do nosso país”.
Após a conclusão do estágio Carlos Eduardo passou uma semana viajando antes de retornar ao Brasil para conhecer os cartões postais canadenses. No início desta semana ele já retomou os estudos na faculdade e sua prioridade agora é a graduação que acontece nos próximos meses. A experiência internacional vai ajudá-lo muito no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
O universitário contou que as experiências incríveis vividas no Canadá e que irão ajudá-lo bastante profissionalmente.
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