Colinenses produzem cerca de 13 toneladas de lixo por dia
Aumento no volume de resíduos levou prefeitura a solicitar ampliação de aterro
A destinação dos resíduos urbanos sempre foi um desafio para as administrações públicas, porém com o aprimoramento de ações técnicas a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) tem obtido uma evolução significativa nos resultados obtidos.
É o que demonstra a avaliação do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos elaborado anualmente pela Cetesb que, recentemente, divulgou o resultado relacionado ao ano passado em todo o Estado. As informações foram coletadas nas inspeções realizadas pelos técnicos do órgão ambiental para que a operação dos sistemas de tratamento e disposição final de resíduos ocorra de forma adequada, a fim de manter as condições ambientais adequadas. Dos 645 municípios, 612 descartaram seus resíduos em aterros classificados como adequados, o que equivale a 95,6% e Colina está entre os aprovados.
O estudo mostra que cada colinense produz 0,70 kg de lixo sólido por dia, ou seja, 255,5 kg ao longo de um ano. Se levarmos em conta a estimativa populacional do IBGE, que calcula 18,468 habitantes, são produzidos diariamente cerca de 13 toneladas de lixo. Esse montante ao longo de um ano é superior a 4.718.000 toneladas.
Segundo o secretário de Planejamento e Meio Ambiente, engenheiro Jaci Salim Paro, o atual aterro sanitário que atende a cidade, localizado no Km 1,3 da Estrada Municipal Vereador Benedito Stramasso, segue os critérios adotados pelo órgão ambiental.
“A área, classificada como aterro em valas, segue os padrões para descarte e manejo dos resíduos produzidos na cidade. Tanto que a nota do Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR) se mantém estável, conforme os últimos inventários da Cetesb. Porém, teve uma pequena queda no ano de 2018 porque a área útil do aterro encontra-se expirado. A nota 8,00 foi considerada adequada”, explicou Jaci que acrescentou: “Embora já tenha sido protocolado licenciamento da nova área para ampliação do referido aterro, ainda encontra-se em fase de aprovação nos órgãos pertinentes”.
NOVA ÁREA
Com o aumento no volume de coleta houve a necessidade do licenciamento da nova área. “A implantação da nova área é um investimento do município para melhorar ainda mais a área do aterro que tem evoluído nos últimos anos com instalação de área cercada, protegida e isenta de catadores, com a presença de funcionário público”, explicou o secretário que informou que o maior obstáculo na coleta é a falta de conscientização da população em separar o lixo orgânico do material reciclável. “Temos avançado, mas ainda existem desafios a serem atingidos quanto ao descarte do material da construção civil, lixo eletrônico, lâmpadas, pilhas, galhos e isopor que preocupa as gestões públicas de um modo geral”.
O Prefeito Dieb explicou que o Aterro está legalizado e que a Prefeitura tem se empenhado para cumprir as exigências dos órgãos competentes. “O lixo urbano é uma preocupação da Administração, que vem trabalhando para manter o Aterro dentro das normas exigidas pela legislação ambiental”, destacou Dieb que acrescentou: “O Aterro Sanitário é de fundamental importância para o município, pois preserva o meio ambiente e a saúde humana, proporcionando saneamento básico, evitando a contaminação do solo, do ar e da água, reduzindo assim os riscos de transmissão de doenças. Em 2001, quando fui prefeito, o município de Colina não possuía Aterro Sanitário. Na época, estávamos sendo notificados pela Cetesb, quase que diariamente, por não possuírmos um aterro legalizado. Assumi a prefeitura e imediatamente adquirimos uma área para o Aterro Sanitário. Nos anos de 2007 e 2008 construímos a ETE – Estação de Tratamento de Esgoto, sempre pensando na saúde pública. Atualmente Colina está com 100% do esgoto tratado. Em 2017, durante minha terceira gestão, reflorestamos a área do antigo Aterro Sanitário Municipal, de propriedade do Governo Estadual, na APTA da Alta Mogiana, conhecida como Fazenda do Estado. Solicitamos uma nova área que nos foi concedida. O objetivo do reflorestamento é recuperar a área, que já foi utilizada para a deposição de resíduos sólidos, amenizando o impacto ambiental. Implantamos o uso obrigatório de caçambas para a coleta de resíduos da construção civil e a coleta seletiva de material reciclável, em parceria com a cooperativa. Em breve estaremos investindo ainda mais na coleta seletiva de reciclável”.
AÇÕES X POLÍTICAS PÚBLICAS
A melhoria das condições ambientais nas áreas para disposição de resíduos se deve ao conjunto de ações de controle e às políticas públicas exercidas pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente e a Cetesb. O aporte de recursos dos programas com financiamento governamental, como Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop) e o Fundo Estadual de Recursos Hídricos, contribuem para a solução dos problemas ambientais e sanitários no Estado.
Cerca de 13 toneladas de lixo são recolhidos diariamente na cidade.
Nova área do aterro sanitário que aguarda liberação para ser utilizada.
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