Vídeo com imagem de espancamento de mulher choca pela crueldade
Família tenta entender porque ninguém fez nada para impedir o massacre
Violência, barbárie, massacre ou covardia? Será que alguma dessas palavras são capazes de descrever o horror que Valéria do Nascimento Costa, de 33 anos, viveu ao ser espancada até a morte no início da madrugada do último dia 13 em frente a um bar da Rua Germano Bizarro, ao lado da rodoviária?
A agressão com socos, chutes e pontapés na verdade expressa a brutalidade extrema dos três agressores que mostraram muita frieza, crueldade e não demonstraram nenhum vestígio de piedade por se tratar de uma mulher indefesa. Depois da vítima já estar desfalecida no canteiro da rodoviária, ela ainda foi puxada ao chão e jogado um pedaço de concreto na sua cabeça como para terem certeza da sua morte.
As imagens mostram que a briga começou em frente ao bar e terminou na esquina do Terminal Rodoviário com o corpo de Valéria inerte ao chão. Os dois amigos da vítima também foram agredidos e conseguiram fugir, mas Valéria não teve a mesma sorte e se tornou alvo das pancadas dos três bandidos. Após as cenas de terror os autores fugirem tomando rumo do Parque Débora Paro, que fica na rua de baixo da rodoviária.
CÂMERA GRAVOU TUDO
O que os três criminosos não esperavam é que toda a ação foi gravada por uma câmera de segurança. As imagens fortes do espancamento circularam pelo aplicativo de mensagens e foram parar até na mídia regional, atraída pela morte brutal que chocou toda a cidade. A gravação também ajudou a polícia na identificação dos autores.
VALÉRIA ESTAVA EM CASA NA NOITE DO CRIME
Denis Marcelo do Nascimento, irmão de Valéria, disse à reportagem que Valéria estava em casa na noite do crime. “Ela ficava mais em Barretos do que aqui pelo fato da nossa mãe, que tem problemas, estar internada lá. Um dos amigos dela estava no bar e veio buscar a Valéria em casa para ser testemunha do pagamento da dívida de R$ 50,00 que ele tinha com um dos agressores. Quando ela chegou e confirmou a discussão começou”, explicou Marcelo que acrescentou, “isso foi um dos próprios amigos da minha irmã que escapou da morte que me contou, mas acredito que ela viu um deles ser agredido, quis defendê-lo e acabou entrando na briga por esse motivo. A Valéria era assim, não tinha medo de nada e quando estava nervosa enfrentava o que estivesse pela frente”.
Algumas horas após o homicídio, por volta das 03h, duas pessoas foram à casa de Marcelo dizer que ele precisava ir até o hospital para reconhecer o corpo da irmã que tinha morrido. “Ela chegou morta no hospital e já tinha sido transferida para o IML de Barretos, então fui até lá para assinar os papéis para a liberação do corpo. Além de uma das partes do crânio afundada, minha irmã apresentava três cortes profundos na cabeça, estava bem inchada e deformada. Também tinha hematomas, cortes e arranhões pelo corpo. Não sei dizer se ela também foi esfaqueada. A maior parte dos golpes foi dada da cintura pra cima, ou seja, com a intenção de matar”, ressaltou Nascimento que salientou, “não tive coragem de acompanhar o velório e nem o sepultamento, prefiro ter a lembrança do jeito alegre que ela tinha. Fui muito duro ver o que fizeram com a Valéria. Eles podiam estar drogados e alcoolizados, mas nada justifica porque sabiam o que estavam fazendo. Foi muita maldade porque ainda deu tempo de um deles buscar o pedaço de concreto e jogar na minha irmã”.
“É REVOLTANTE PENSAR QUE NINGUÉM FEZ NADA”
A família clama que a justiça seja feita e que os autores paguem pelo que fizeram porque ninguém merece morrer dessa forma tão bárbara. “A gente tem vontade de fazer pior com eles pela raiva, mas deixamos que a justiça faça a parte dela. Não está sendo fácil passarmos por isso. Só de pensar os minutos de socos, chutes e pontapés que ela levou sem que ninguém fizesse nada para ajudar é revoltante”. Denis Marcelo disse ainda que “tinha gente assistindo o massacre, ônibus circulando e ninguém tomou providência. Minha irmã não teria morrido se alguém que estava ali tivesse tomado uma atitude”.
O corpo de Valéria só foi liberado à família por volta das 16h do dia 13 para ser preparado pela funerária para o velório, que aconteceu durante toda a noite. O enterro aconteceu na manhã do dia 14. “O rapaz da funerária me disse que iria tentar fazer o melhor para o caixão ficar aberto porque o corpo dela estava bastante machucado e foi o que aconteceu”. Além da mãe com problemas, Valéria deixou dois filhos, de 10 e 15 anos, que moram com os pais.
POLICIAIS ESTAVAM NO PLANTÃO EM BARRETOS APRESENTANDO OCORRÊNCIA DE TRÁFICO
Na hora do assassinato a equipe da Polícia Militar de Colina tinha acabado de chegar ao plantão policial em Barretos conduzindo cinco indivíduos detidos em flagrante por tráfico, sendo que dois permaneceram presos. A solicitação então foi encaminhada a Jaborandi, mas quando os policiais Edinam e Pangardi chegaram não encontraram os autores que já tinham abandonado o local. A Polícia Rodoviária também veio dar apoio. Durante a madrugada a PM fez várias diligências para a localização dos indivíduos que não foram encontrados.
A Polícia Civil instaurou inquérito policial que será concluído o mais breve possível. Testemunhas já foram ouvidas e os três autores identificados, inclusive relatada a participação que cada um teve no homicídio.
Imagem do vídeo mostra a crueldade dos assassinos.
Denis Marcelo, irmão de Valéria, não se conforma com a falta de ajuda dos que viram a brutalidade.
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