Presidente da Câmara marca decisão para o dia 11 e se refere a desafetos como “rato, capacho e bandido”
Ao usar da palavra durante a reunião ordinária de segunda-feira, dia 4, o presidente do Legislativo, Marco Moralles, disse que deve convocar uma reunião extraordinária para o próximo dia 11, quando pretende fazer a leitura do ato de extinção ou manutenção dos mandatos do prefeito Dieb e do vice Campanholi.
Prefeito e vice são alvos da Representação apresentada pelo vereador Daniel Cury, que pede a extinção dos mandatos eletivos por não terem feito a desincompatibilização das empresas em que são sócios proprietários antes de assumirem suas funções políticas. A infringência à Lei Orgânica estabelece a perda dos mandatos.
“RATO, CAPACHO E BANDIDO”
Ainda em seu discurso Moralles disse que: “A fala do presidente nunca foi pautada no achismo e nem no ‘enrolismo’. O cidadão acha que está certo e, se não acontecer da forma como ele achou, ele diz que você está enrolando. Não funciona assim, nunca fui pautado no achismo, sempre agi com cautela procurando fazer a coisa mais correta possível. Fico triste também porque tem pessoas que olha no espelho e vê uma ratazana e acha que todo mundo é um rato ou ratazana igual a esta pessoa..., tem pessoa que nasce capacho, cresce capacho, casa capacho e é capacho até hoje e acha que todo mundo é capacho como ele..., tem pessoa que nasce bandido, cresce bandido e morre bandido e acha que todo mundo é igual a ele... Isso me deixa muito triste em saber que ainda existe este tipo de pessoa”.
Na sequência Marco também disse: “Podem ter certeza de uma coisa, vou fazer o mais correto possível, seu errar, vou errar sozinho. Ninguém vai me induzir a erro. Busquei informações com diversos advogados para montar o meu posicionamento, que será coerente, procurando fazer a coisa correta, sem atropelo, mas fazer certo para amanhã ou depois não ser cobrado que eu errei”.
Depois que alguns vereadores também falaram o presidente ponderou: “Qualquer coisa que eu fizer, vou tomar pancada de um dos lados... por coisa que eu não cometi... eu não errei em nada”.
ELOGIO
O vereador Daniel Cury parabenizou o presidente da Câmara por ter marcado a data para finalizar o processo e ressaltou: “Não existe brecha para achismo é só cumprir o que estabelece a lei. Muitos falaram que eu perdi quando o Mandado de Segurança foi arquivado, engano, eu ganhei. A Justiça mostrou que a decisão é de competência exclusiva do presidente da Câmara, como já havíamos colocado na Representação. Seu posicionamento presidente mostra que ainda existe justiça e que têm pessoas que não são capacho mesmo fazendo parte de um grupo político”.
RENÚNCIA
O vereador Fernando Galeti disse que o término do processo está demorando muito então sugeriu que Marco renunciasse ao cargo de presidente para que o vice Henrique assumisse, tomaria a decisão e passaria a ser prefeito. “Isto porque a gente sai na rua e escuta que o Marco está omitindo, está com medo... Não quer fazer o ato da extinção porque quer continuar vereador, quem quer ser prefeito é o irmão dele e, se ele estiver prefeito o irmão não pode ser candidato. Estas são as teorias da conspiração que surgem”, disse o edil.
APROVADOS
Ao final da reunião foram aprovados, por unanimidade, dois projetos do Executivo de abertura de crédito adicional no valor de cerca de R$ 1.130.000,00 para o setor de saúde em decorrência de convênios com o Governo Federal para prevenção e combate ao novo coronavírus.
Durante a sessão foi registrado um minuto de silêncio em homenagem à sogra do vereador Penachone que faleceu no último dia 2. O vereador não esteve presente.
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