Quadrilha faz arrastão em bar

Bandidos armados fazem arrastão em bar e deixam clientes apavorados 

O comentário na cidade desde a última semana é um :  o arrastão no bar Cantinho da Roça (foto), na Rua C da Vila Hípica, ocorrido pouco depois da meia noite de sexta-feira, dia 25. Essa modalidade de crime, mais comum nos grandes centros, infelizmente chega a Colina, trazendo medo e mais insegurança

A forma como o crime foi cometido, o nervosismo e brutalidade dos bandidos assustaram não quem estava no bar no momento do arrastão, mas a população inteira que não consegue entender como essa violência pôde acontecer numa cidade como a nossa
A reportagem conversou com alguns dos frequentadores que estão apavorados e preferem manter o anonimato. Eles contaram os momentos de pavor e terror que viveram nas mãos dos criminosos. “Eles estavam dispostos a tudo, alterados, muito violentos e foi por muito pouco que não aconteceu uma tragédia. Se a polícia tivesse chegado, no momento do arrastão,  nem sei o que poderia ter acontecido”, desabafou uma das clientes
 
MOVIMENTO ATRAI ATENÇÃO DOS BANDIDOS
O Cantinho da Roça, em pouco tempo de existência, ganhou a preferência do público e se tornou o local mais badalado da cidade. A clientela, atraída pelas delícias da culinária mineira e pelo jeito simpático do proprietário, lotam o estabelecimento, principalmente nas noites de sexta-feira, quando o local é ainda mais badalado não só pela juventude, mas por famílias inteiras que escolheram o bar como ponto de encontro. 
O grande movimento registrado nas noites de sexta-feira tem atraído a atenção dos bandidos, tanto que o 1ª assalto, ocorrido a menos de dois meses, em 24 de novembro do ano passado, aconteceu na madrugada de um sábado, quando 3 assaltantes armados renderam os funcionários e o dono do bar, roubando celulares e dinheiro
 
ARRASTÃO: SUCESSÃO DE VIOLÊNCIA E MEDO
Os familiares do proprietário do bar acreditam que a ação dos bandidos foi planejada porque o arrastão aconteceu no mesmo dia em que o dono viajou com a família para Minas Gerais. 
O bar estava lotado e grande parte dos frequentadores, inclusive acompanhados por crianças, foi embora antes do crime. Todos os clientes que permaneceram no local tiveram que se abrigar dentro do bar para se proteger da chuva. Os relatos não deixam dúvidas, os bandidos estavam À espreita, esperando o momento propício para praticar a ação
Segundo relato dos funcionários, por volta da 00h30, cinco rapazes encapuzados, armados com revólveres e facas caseiras, feitas com podão de cana, invadiram o bar anunciando o assalto, obrigando todos a ficarem sentados ou ajoelhados, com as mãos sobre a cabeça, que tinha que ficar abaixada todo tempo. Segundo relatos, eles diziam: “não queremos matar ninguém esta noite”. Quando o arrastão começou acredita-se que mais de 40 pessoas estavam no local. Toda ação durou pouco mais de 10 minutos
“Num momento deste é difícil cair a ficha, você pensa que é uma brincadeira ou que aquilo não está acontecendo. quem passa para saber como é estranho e ao mesmo tempo difícil acreditar que você está vivendo uma situação que se na televisão”, contou um dos clientes que teve a carteira roubada
Os clientes que permaneceram em pé, ainda perplexos com o que estava ocorrendo, foram agredidos com chutes até caírem no chão, inclusive mulheres. Para abrir caminho, os bandidos davam chutes nas pessoas e empurravam cadeiras, obrigando os clientes a se encolher. Um deles foi até o caixa, colocou a arma na cabeça do funcionário, que é parente do proprietário, exigindo que entregasse o dinheiro. Como o caixa estava vazio porque 85% das contas foram pagas com cartão, o criminoso ficou nervoso e deu um chute na costela do funcionário. O comparsa que estava mais próximo ainda comentou, “não esquece de limpar o caixa desta vez”, o que dá a entender que os criminosos podem ter ligação com o 1º assalto. Entre si, eles também comentaram para revistar o  garçom novo, com quem estaria o dinheiro. Os bandidos acabaram não levando quase nada do bar porque erraram de garçom, a quantia em dinheiro estava com outro. Dez funcionários trabalhavam no bar no momento do crime. 
“A gente não podia levantar a cabeça de forma alguma que os bandidos já ficavam nervosos. Em um dos instantes que olhei, muito rapidamente, vi um  dos ladrões com um bolo de carteiras na mão”, contou uma frequentadora. Os bandidos roubaram bolsas, carteiras, relógios e alguns celulares. “Eles queriam dinheiro e arrancavam a carteira das nossas mãos. Muitos clientes não puderam pagar a conta e retardaram  o retorno para casa, pois levaram as chaves dos carros”, revelou a vítima. Outra adolescente disse: “toda noite, antes de dormir, me lembro da cena dos bandidos encapuzados chegando no bar”. 
A reportagem ficou sabendo, por meio de relatos, que um homem careca, forte e de estatura baixa, que estava no bar, apanhou de um dos bandidos, ficando com o rosto bastante machucado. “O bandido parecia que o conhecia e tinha muita raiva dele. Ele dizia: “se lembra da Escola Agrícola, quando você judiava de mim?”, comentou um dos clientes. A reportagem não conseguiu identificar esse homem, que foi embora antes da polícia chegar ao local. 
Três jovens foram abordados pelos bandidos na rua, no momento que chegavam  ao local, todos tiveram as carteiras roubadas. Isso também leva a crer que havia mais de cinco assaltantes e que mais outros davam cobertura do lado de fora. 
Antes de ir embora, os bandidos quebraram garrafas que cortaram a perna de uma cliente. Eles chegaram a pé e fugiram correndo, tomando a direção dos fundos da Vila Hípica. Desde o 1º assalto o proprietário instalou 6 câmeras no estabelecimento que, até a noite do crime faziam o monitoramento. Quando a polícia solicitou as imagens para análise constatou-se que as câmeras foram desligadas exatamente minutos antes do crime e religadas algumas horas depois. 
A sogra do proprietário, que estava dentro da casa, não teve contato com os bandidos, mas ouviu toda a movimentação e as ameaças. Ela ficou muito nervosa e como é hipertensa precisou ser socorrida pela ambulância até o Pronto Socorro. 
Na noite de sábado, o bar registrou um movimento bem menor que o normal. A família do proprietário disse que tomará todas as providências para aumentar a segurança dos clientes. Até o fechamento desta edição as Polícias não tinham informações sobre os autores do crime. 

Postado em 02/02/2013
Por: A Redação
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