Com trajetória de sucesso no vôlei, Nayara inspira novas atletas 

Atacante com o uniforme do time alemão. 

 

 

O vôlei entrou na vida de Nayara Felix aos 7 anos, quando a mãe Maria Inês colocou a menina hiperativa para queimar as energias na escolinha municipal, à época comandada pelo professor Ivo Barbosa. 
A brincadeira se transformou em coisa séria quando Nayara revelou sua aptidão pelo esporte. “Aos 10 anos minha mãe me perguntou se eu queria levar a sério o esporte e para tanto teria que ir treinar em Ribeirão Preto. Não pensei duas vezes, concordei e então viajávamos três vezes por semana para Ribeirão. Foi difícil, minha mãe é dona de casa e meu pai caminhoneiro, portanto os recursos eram poucos, mas não desistimos”, relembra Nayara, hoje com 21 anos e titular do time SC de vôlei Köpenicker de Berlim/Alemanha. 
Depois de uma temporada de 9 meses na fria Alemanha, a jaborandiense está em férias e veio a Colina, no último sábado, fazer uma palestra para as meninas da escolinha municipal de vôlei, dirigidas pelo técnico Gustavo de Oliveira. 
Com a mesma simpatia de antes, Nayara, que já havia sido destaque em “O COLINENSE”, no dia 12 de junho de 2008, falou à reportagem da sua trajetória de sucesso. 
A  DESCOBERTA 
Em 2004 dirigentes do São Caetano estiveram em Ribeirão Preto e viram a adolescente Nayara se destacando no treino com as meninas de 15 anos. No ano seguinte já integrava a categoria sub 13 do time paulista onde ficou por 6 anos e disputou o Paulista, Campeonato de Clubes, entre outros. Era a capitã da equipe e também jogava na categoria acima de sua idade devido ao bom condicionamento físico. Depois de ganhar experiência no São Caetano, clube que se refere com muito carinho e no qual jogou ao lado de Camila Brait, a atacante, que também joga de líbero, passou pelo São José dos Campos, Araraquara, São Bernardo (onde disputou a Super Liga em 2010) e Volta Redonda (Copa Rio/Campeonato Carioca). 
Depois de recusar algumas propostas para ir para o exterior, em 2012, assinou contrato de 1 ano com o Köpenicker  SC,de Berlim/Alemanha. 
SAUDADES  DO  SOL 
A brasileira Débora Duarte também integra a equipe alemã que disputa o principal campeonato do país. Nayara disse que contornou as dificuldades da língua com o apoio do técnico que é cubano e se entende falando o espanhol. 
Ela disse que a rotina de treinar é exaustiva e para compensar sua pequena estatura, de 1,76m, faz sempre em dobro os exercícios para ter uma melhor impulsão. Outra dificuldade no país anfitrião é o frio que chega a 20 graus negativos. “Estava com saudade do sol”, disse a atleta. 
LIMITAÇÕES 
Indagada se esperava chegar onde está com o vôlei, Nayara diz: “sempre almejei coisas grandes para tanto sempre me dediquei com muita persistência, porém não esperava tanto, por isso me sinto realizada”. 
E a seleção brasileira? “É o sonho de todos os atletas, porém sei das minhas limitações de altura, hoje é preciso ter no mínimo 1,85 para fazer parte da equipe, mas isso não me abala e quero continuar jogando vôlei, eu amo jogar vôlei”, destacou a atacante que citou o bloqueio como sua maior dificuldade em quadra. 
Nayara contou às meninas da escolinha, que estavam na quadra do Ginásio de Esportes, que para chegar onde está foi preciso abrir mão de algumas coisas e ter muita determinação. Ela disse que até pensou em desistir em 2007, quando passou por cirurgia séria e teve que por dois pinos no joelho. 
“É preciso persistência e determinação para superar os obstáculos na carreira esportiva ou em qualquer outro segmento, afinal a vida é feita de derrotas e vitórias”, finalizou Nayara que vai jogar pelo Atatiba durante as férias, até o final de julho. 
 
Na trajetória de sucesso medalhas e reconhecimento. 
Nayara com as meninas do vôlei colinense, técnico e estagiários no Ginásio de Esportes. 

A jaborandiense com a brasileira Bárbara Duarte, que também joga no time alemão.

Nayara com o exemplar do jornal "O COLINENSE" de 12/06/2008.

 


Postado em 25/05/2013
Por: A Redação
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