“Testemunhos mostraram que vale a pena a busca pela recuperação” 

Fabrício Oliveira e Antônio Silva são responsáveis pela coordenação da Terra Santa, que é administrada pela Casa Assistencial

A droga não causa somente malefícios para o corpo, seu efeito vai muito além disto. Ela mexe com o emocional e a autoestima dos dependentes, que não enxergam uma saída para o vício  porque acreditam que não podem mais viver sem a “sensação” que a droga proporciona
Esse pensamento prende a maioria a essa realidade devastadora, que vai consumindo o dependente que se numa roleta que gira e sempre para no mesmo lugar
Para mostrar que vale a pena buscar a recuperação e que existe um caminho sem a dependência, a Comunidade Terapêutica Terra Santa realizou no último dia 8 o 1º encontro com depoimento de ex-dependentes da região, que hoje estão recuperados e vivem uma rotina normal, longe do vício. 
O evento reuniu 11 recuperados de várias cidades da região que interagiram com os 18 residentes atendidos pela entidade atualmente. “Esses testemunhos serviram como incentivo para os resistentes continuarem com o  tratamento, pois é possível ter uma transformação de vida. A princípio os relatos causam um choque porque a dependência leva o ser humano para o fundo do poço mas, ao mesmo tempo, causa o questionamento: se deu certo para eles também pode dar para a gente”, relatou Antônio Carlos da Silva “Magrão”, que é coordenador desde abril de 2011, quando a comunidade foi criada. 
 
EX-DEPENDENTE CHEGOU AO FUNDO DO POÇO
Um dos testemunhos mais marcantes foi de Rogério Custódio Garcia, que passou por tratamento em Franca. Ele iniciou a dependência química com bebidas alcoólicas e é ex-usuário de maconha, cocaína e crack. “O efeito do crack é rápido e você quer fumar cada vez mais e quando o dinheiro acaba, rouba o que tem para trocar pela droga. Cheguei a arrancar as portas de casa com uma picareta para trocar pelo crack”, revelou. Ressaltou, “um dependente nunca se cura, estou controlado, tenho que permanecer longe dos ambientes e pessoas que me possam induzir ao uso porque sei da minha fragilidade”. 
O coordenador disse que nestes 2 anos e meio de existência já passaram pela entidade cerca de 190 residentes e que a taxa de recuperação é de 10%. “É um resultado satisfatório porque a mudança só começa quando o dependente quer isso para sua vida e aceita o tratamento. Estar limpo não é deixar de usar a droga, é uma mudança de comportamento”, explicou Antônio Carlos. Para ele a dependência de álcool é a mais difícil. “Existem vários tipos de dependência, mas o álcool é o mais complicado de se tratar porque a pessoa não aceita o vício como doença”. O encontro terminou com uma confraternização entre residentes e convidados. Mais informações sobre o tratamento e a internação podem ser obtidos na Casa Assistencial “Nosso Lar Amigos do Bem”, que administra a comunidade, pelo fone 3341-4066. 
 

Ex-dependente Rogério Garcia que chegou a arrancar as portas da casa para comprar crack. 


Postado em 20/12/2013
Por: A Redação
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