Dois assaltos, à mão armada, no meio do dia assustam população

Os colinenses estão aterrorizados e com muito medo depois dos dois assaltos à mão armada, em plena luz do dia, ocorridos no sábado e segunda-feira. A insegurança também toma conta dos comerciantes que estão à mercê dos bandidos que, tranquilamente, desfiam a Polícia sem se sentirem ameaçados. “A gente já não tem mais o que fazer. Agora o bandido entra no seu estabelecimento juntamente com os clientes, aterroriza todo mundo e leva o seu dinheiro. O que é que vamos fazer? O que será o fim disso?”, desabafou um comerciante que preferiu não se identificar.

O primeiro roubo aconteceu às 12h20 de sábado quando um assaltante encostou um revólver nas costas de uma funcionária de uma loja na Rua 7 de Setembro. Com a arma ele a ameaçou e subtraiu a quantia aproximada de R$ 1.500,00 que estava no caixa. O que chamou a atenção é que o bandido trajava roupa suja de tinta. Ele e o comparsa, que o aguardava do lado de fora numa moto vermelha, fugiram levando o dinheiro.

O assalto à lotérica aconteceu em pleno horário do almoço, minutos depois das 12h30. Sem se preocuparem com a circulação de pessoas, os bandidos chegaram ao correspondente bancário, um deles ficou na porta, com a arma à mostra, dando cobertura enquanto o outro praticava o roubo. Alguns clientes que estavam na fila foram obrigados a deitarem no chão. O bandido forçou a porta que separa os caixas do público com um chute que foi ouvido pelos comerciantes vizinhos. O barulho chamou a atenção e alguns deles até chegaram a sair nas portas dos estabelecimentos, mas foram ameaçados pelo assaltante que mostrou a arma, fazendo-os entrar e para não chamarem a polícia.

A ação foi muito rápida e depois de pegar o dinheiro os dois bandidos, que escondiam o rosto embaixo de capuzes das próprias blusas, também usadas para tampar parte da face, saíram da lotérica caminhando, atravessaram a linha do trem onde um Palio prata os aguardava para a fuga. Ainda não foi identificada a placa do veículo. A polícia já analisou as imagens das câmeras de segurança para conseguir pistas da quadrilha. O valor roubado não foi divulgado.

BANDIDOS PODEM ESTAR ENTRE OS BENEFICIADOS PELA “SAIDINHA” DO DIA DAS MÃES

O comandante da Polícia Militar local, sargento Éder Ferreira da Silva , informou que o assalto à lotérica pode estar relacionado à saidinha temporária para o Dia das Mães, que colocou nas ruas 15 mil detentos em todo o Estado. Segundo ele, mesmo depois de transcorrida a data parte dos detentos não retornam aos presídios após a concessão do benefício. Portanto, a Polícia está em alerta máximo considerando esta hipótese e a ocorrência de dois assaltos à mão armada em 2 dias.

As saídas temporárias geram polêmica e deixam a população assustada já que o aumento da criminalidade é comprovado quando o benefício é concedido. Além das mães, os detentos têm direito às saídas na Páscoa, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Natal e Ano Novo. Parte dos condenados liberados não cumprem as regras da lei, alguns cometem crimes assim que liberados e outros nem sequer voltam às penitenciárias.

O benefício é garantido por lei aos presos que cumprem pena em regime semiaberto. Um levantamento da Secretaria de Segurança Pública mostra que, nos últimos anos, mais de 50 mil detentos não obedeceram às regras da “saidinha” e permaneceram nas ruas. Número suficiente para preencher 65 presídios do estado.

O assunto é divergente até mesmo entre as autoridades. A Polícia Militar não quer mais a liberação já a promotoria prega que a ressocialização é fundamental.

O senado aprovou projeto de lei que reduz o benefício. Agora, a proposta está na Câmara dos Deputados. A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), autora do projeto, afirma que com o projeto serão analisados requisitos para ganhar o benefício. “O apenado só terá direito a uma saída, portanto a um ‘saidão’ no ano, mas serão observados alguns requisitos, como, por exemplo, ser réu primário e não ter sido reincidente”. O projeto está pronto para votação na Comissão de Constituição e Cidadania da Câmara. Se aprovado, segue para ser apreciado em plenário e lá poderá ser modificado, votado e depois volta para o senado, que pode ou não aceitar as mudanças feitas na câmara.

Viatura e policial em frente à lotérica após o roubo.

Senadora Ana Amélia Lemos quer restringir “saidinha” dos detentos.


Postado em 16/05/2015
Por: A Redação
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