“Mais um aniversário”

N. F. Jorge

Bom dia “Cidade Carinho”

 

Quando estas linhas adentrarem os lares de seus prováveis leitores, não sei se o céu estará imaculadamente azul e o sol cristalinamente claro ou, ao contrário, se o céu estará vestido de nuvens e o sol oculto por trás delas.

 

O que sei é que o calendário anuncia hoje mais um aniversário da tua emancipação política.

 

Por isso que estou vendo e notando um bulício tão diferente daqueles que se nas manhãs plácidas ou nas tardes amenas, quando a natureza vai se preparando lentamente para adornar-se com seu manto noturno e entregar-se amorosamente, silente e sonolenta ao acalanto de Morfeu.

 

Seja como for, de uma forma ou de outra, tenho certeza de que as circunstâncias não empanarão o brilho da festa do teu aniversário de maioridade, nem o justificado júbilo por tão grata efeméride.

 

Como sorrir expansivamente, num sorriso despretensioso de cidade moça.

 

Quão acentrado é o amor que te devoto. Associo-me de coração, ao entusiasmo das festividades e do alto da torre de minhas emoções contemplo, extasiado, a alegria contagiante que se espraia em tua periferia.

 

Adorável “Cidade Carinho”. Como te quero na simplicidade de teus contornos. Dir-se-ia que és para mim a deusa dos  mil encantos, aquela mesma misteriosa figura que me inspira aos devaneios da imaginação e me arrebata às regiões do sonho.

 

Tens ainda, na sua pequenez, o candão mágico de duas oferendas: a bucólica e a citadina.

 

Na primeira, o verdor das campinas que te circundam, num convite cordial ao espairecimento do espírito; na segunda, o casario colorido de permeio ao arvoredo vicejante, como a atestar o vínculo imprescindível entre o homem e a natureza.

 

Em verdade, não tens o estuar das grandes metrópoles, mas possuis a placidez que conforta e acalenta. Por incrível que pareça, o perpassar do tempo não te quebranta; ao contrário, mais te alenta para a liça dos teus labores.

 

Colinenses! Alegres, felizes e confiantes, comungados na vitória do ideal alcançado, cantemos, então, aqueles versos que o lirismo do poeta concebeu:

 

“Todos cantam, sua terra, também vou cantar a minha, nas débeis cordas da lira hei de fazê-la rainha”.

 

Poema do saudoso Napoleão Francisco Jorge que, por mais de 50 anos, foi colaborador de O COLINENSE. Extraído da edição de 21/4/1991.


Postado em 22/04/2016
Por: A Redação
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