Cadeia volta a abrigar presos depois de 5 anos sendo feminina

Carência de policiais civis aumentou com aposentadoria e exigiu readequações, alega Seccional

Delegado Seccional, Edson João Guilhem, durante coletiva à imprensa. Tininho Jr./O Diário

Após mais de cinco anos sendo feminina, a Cadeia Pública de Colina voltará a abrigar presos do sexo masculino. O delegado Seccional, Edson João Guilhem, anunciou essa e outras mudanças administrativas, adotadas em duas cadeias e em algumas das 20 unidades policiais da sua área de abrangência, em entrevista à imprensa realizada no último dia 2.

As presas de Colina foram transferidas para Viradouro na manhã do dia 1º. Na segunda-feira, dia 6, começaram algumas readequações na cadeia colinense que devem estar concluídas em alguns dias para que os presos e adolescentes do sexo masculino, antes encaminhados à cadeia de Severínia, passem a ser recolhidos aqui.

O Delegado Seccional informou que foi preciso fazer algumas adequações para prestar um serviço de qualidade à população, principalmente para dar sequência nas investigações através de inquéritos policiais para apreciação do Poder Judiciário.

A Polícia Civil está enfrentando, como outros órgãos e instituições, uma redução no quadro de funcionários, inclusive com os pedidos de aposentadoria que aumentaram nos últimos meses com a notícia da reforma da previdência. Dos 11 municípios que a Delegacia Seccional de Barretos abrange sete deles não possuem delegados titulares e apenas um escrivão que trabalha de forma ininterrupta mesmo que em sobreaviso, o que acontece com outras carreiras policiais.

CENTRALIZAÇÃO DE ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS

Outra mudança anunciada pelo Seccional, que já entrou em vigor, é que durante o período noturno, finais de semana e feriados as ocorrências que demandarem atendimento imediato nas unidades policiais da região serão atendidas pelos plantões, os chamados “polos”, que poderão ser estendidos. Barretos atenderá as ocorrências de Colina e Jaborandi, enquanto Olímpia  se encarregará de Severínia, Cajobi e Embaúba.

As ocorrências que geralmente necessitam ser apresentadas são flagrantes que estão relacionados ao tráfico de drogas, roubo, furto e embriaguez ao volante que antes das mudanças eram apresentadas nas delegacias locais pela Polícia Militar, que além do trabalho preventivo e ostensivo já está sobrecarregada com as escoltas de presos e audiências de custódia. As viaturas que tiveram trabalhando a noite, finais de semana e feriados terão que se deslocar até Barretos com o(s) autor(es) para apresentar o flagrante, que geralmente demanda mais tempo. Nesse período como fica o policiamento na cidade? As mudanças tiveram o consenso do comando do 33º Batalhão de Barretos.

A carência de policiais civis que aumentou com a aposentadoria, ocorre em todo o Estado. “Isso fez com que repentinamente a máquina que movimenta a Polícia Civil em todas as suas carreiras se encolhesse. Estamos tomando essas medidas para que, da melhor forma possível, seja prestado um serviço de qualidade para a população de Barretos e região. E não é só a prestação de serviço naquele primeiro atendimento, é a prestação de serviço também na investigação e posteriormente na instauração e conclusão do inquérito policial, para que o autor do delito seja levado às barras da Justiça e à apreciação do seu ato pelo Poder Judiciário”, declarou Guilhem que mencionou que atualmente existem turmas em formação na Academia de Polícia para escrivães, investigadores e delegados. “O que está ocorrendo é que a reposição não está sendo na mesma cadência da aposentação”.

CADEIA SE TORNOU FEMININA COM INTERDIÇÃO DE JABORANDI

Em novembro de 2011 o Poder Judiciário acatou ação civil pública, com pedido de liminar, interposta pelo Ministério Público colinense contra o Estado de São Paulo e interditou a cadeia feminina de Jaborandi, que precisou ser evacuada devido a uma epidemia de tuberculose, que inclusive vitimou uma das detentas que era portadora do vírus HIV. A epidemia, que atingiu também funcionários da cadeia, foi o pivô da interdição que também apontava a superlotação carcerária, deterioração do prédio e a inexistência de condições minimamente adequadas para a manutenção das detentas no estabelecimento.

A cadeia de Colina passou por uma reforma que foi feita as pressas assim que os detentos homens foram encaminhados para o CDP de Franca. As 41 presas de Jaborandi foram transferidas para cá em 30/11/2011.

Prédio da delegacia onde funciona anexo a cadeia pública, que passará a receber presos de toda região.


Postado em 11/03/2017
Por: A Redação
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