Museu é reinaugurado com acervo maior e com peças inéditas em exposição

Secretária Bete junto à cadeira de rodas, porta chapéu, relógio de parede, objetos e aparelhos utilizados pelos médicos que tralhavam na Maternidade Alice Dias.

A importância histórica e cultural do museu para uma cidade é imensa porque os objetos, peças e fotos expostos que compõem o acervo não só retratam o passado, mas nos ajudam também a entender os fatos descritos nas narrativas históricas do município que despertam a curiosidade e a imaginação de toda comunidade.

A reforma e readequação do Museu Municipal que está sendo reaberto ao público no feriado de hoje, dia 12, com uma programação especial, era muito aguardada pelos colinenses que são presenteados com um novo espaço, totalmente remodelado e recuperado. O Museu é reinaugurado com um acervo maior e com peças inéditas que não tinham sido expostas nenhuma vez.

“O acervo não só está maior como também ficou melhor disposto com a ampliação do espaço físico, uma vez que a exposição dos objetos e fotos ficava restrita a uma única sala. Agora, o acervo pode ser apreciado em quatro salas que oportunizam o aumento da coleção fotográfica e de objetos, que estavam guardados como reserva técnica”, explicou a secretária Bete Neme, responsável pelo trabalho que também organizou todo o acervo.

“Além da importância cultural e turística, o Museu Municipal conserva, por meio do acervo, o registro dos fatos, acontecimentos e particularidades relevantes para que todos os munícipes conheçam sua história. É protetor da nossa identidade sócio-política, guardião que aguerridamente protege a memória cidadã do povo colinense”, destacou a secretária.

MUSEU NÃO PODIA ESTAR EM MELHOR LUGAR

O Museu Municipal de Colina foi criado pela Lei Municipal nº 1.439, de 05/04/1988, por indicação do vereador Nadir Abdalla, na administração do prefeito Assad Antônio Daher “Tô”. A inauguração aconteceu em 17 de abril do mesmo ano. Desde sua inauguração o Museu funciona em uma sala do prédio da antiga estação ferroviária, na época cedida pela Fepasa ao município. A reabertura faz parte das comemorações dos 30 anos do Museu, comemorados em abril de 2018.

A secretária disse que o Museu não poderia estar em melhor lugar porque o prédio da estação ferroviária dividiu estrategicamente as partes alta (residencial) e baixa (comercial) do arraial de Colina em 1903. Mais tarde, em 1905, deu-se a extensão do leito ferroviário ao longo do trecho Bebedouro-Barretos num augúrio de prosperidade do povoado em decorrência da doação de terras feita pelo Cel. José Venâncio Dias à Cia. Paulista. “O funcionamento do trecho ferroviário demandou a instalação da ponte metálica ‘Alice Dias’ para segurança dos transeuntes que se arriscavam nessa passagem. Portanto, o Museu instalado na estação ferroviária respira e inspira diariamente a nossa história”, contou.

A ampliação e reforma do Museu teve início na administração anterior, sendo continuada pela atual que também fez significativos investimentos. “Ao longo desse tempo foram feitos vários restauros e compreenderam tanto a conservação arquitetônica quanto de várias peças do acervo como, por exemplo, a bilheteria de madeira que estava descaracterizada, da galeria de prefeitos. Outros móveis e objetos ainda serão restaurados”, relatou Bete que esclareceu também, “quando da organização inicial e inauguração em 1988, o Museu foi muito bem montado com o acervo reunindo muitas fotos e objetos preciosos para a preservação da memória histórica do município”.

Ela destacou ainda que, “todo museu é um guardião da memória coletiva. Ao conservar e preservar todo e qualquer patrimônio imaterial e material histórico de nossa cidade, estamos exercendo a cidadania com a devida responsabilidade social e política de reverenciar a memória e os feitos dos antepassados e de perpetuar a identidade história para a atual e futuras gerações”.

“NÃO HÁ PEÇA MAIS IMPORTANTE, TODAS COMPÕEM A HISTÓRIA”

Para a secretária não há peça mais importante que a outra, “pois todas, a partir das suas peculiaridades e significados, compõem a história e tocam de forma muito particular a memória de cada apreciador ou observador”, destacou a secretária. 

Fazem parte do acervo fotos das primeiras famílias que aqui se instalaram e desbravaram o arraial no final do século XIX. Uma das curiosidades é a foto do primeiro veículo que transitou em Colina, de propriedade de Manoel Parreira e que conduziu o presidente da República, Washington Luiz, para a inauguração da Usina do Marimbondo, pois era o veículo mais novo da região.

Outra peça que também chama atenção pelo valor histórico é o lavatório com jarro e espelho de cristal, de 1880, usado pelo senhor de escravos e a enorme panela utilizada na senzala, ambos da histórica Fazenda da Onça, doados por descendentes da Família Junqueira.

Também estão em exposição os indumentos militares dos ex-combatentes que participaram da Revolução Constitucionalista de 1932 e da 2ª Guerra Mundial. O acervo também é formado pelo relógio, chapeleiro e cadeira de rodas da Maternidade “Alice Dias” (1953), importante casa de saúde para as gestantes darem a luz com conforto e assistência.

“O livro ‘Colina – Capital Nacional do Cavalo’, da escritora Syria Drubi, que compila histórias e informações relevantes do município, faz parte do acervo. Uma importante fonte de registro histórico para pesquisa das atuais e futuras gerações”, salientou Elizabete Neme.

PERSONALIDADES HISTÓRICAS

A história está contada também por meio de fotos que relembram personalidades importantes como o Cel. José Venâncio Dias, desbravador e doador das terras onde surgiu o povoado em 1917 e depois o município em 1926. Do senhor Antônio Junqueira Franco “Nico Junqueira”, primeiro prefeito de Colina, de 1926 a 1929, líder político de grande prestígio na região que inaugurou a estação ferroviária, fundador e proprietário da primeira casa bancária, dentre outros.

O Museu tem um expressivo acervo de objetos, elementos e informações. “A visita a este espaço cultural é uma viagem no tempo por meio de registros relevantes de grande parte da nossa história. Todas as personalidades expostas, sejam antigas ou contemporâneas da história local, tem sua especial importância e estão homenageadas sem distinção. No entanto, se porventura alguma estiver faltando, as famílias poderão nos procurar que avaliaremos as informações”.

Todas as peças, ou a maioria delas, estão etiquetadas com as informações relevantes do seu significado histórico e origem. “O acervo histórico de um museu embora seja perene, nunca está definitivamente pronto. Continuaremos aceitando a contribuição de familiares, professores e de todo colinense, residente ou não em Colina, que queira doar objetos ou emprestar fotos que possam ser reproduzidas ou mesmo prestar informações que possam complementar o acervo, contribuindo assim para a ampliação da fonte histórica do acervo sócio-político do Museu”. As informações sobre doações podem ser obtidas na Secretaria Municipal de Educação e Cultural ou pelo fone (17) 3341-1190.

A galeria de fotos dos prefeitos fez parte do trabalho de restauração, conduzida pela secretária Bete.


Postado em 13/10/2017
Por: A Redação
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