Conhecer a si próprio, desacelerar e não se moldar aos padrões estéticos são dicas de Cury para uma vida feliz 

 

Quem não foi perdeu uma oportunidade rara de ouvir o cientista e psiquiatra Augusto Cury, considerado o autor mais lido da última década. Ele é autor da “Inteligência Multifocal”, uma das raras teorias na atualidade que estuda a construção dos pensamentos, a formação do Eu e dos pensadores. 
O escritor colinense aceitou o convite da Casa Assistencial “Nosso Lar Amigos do Bem” e não cobrou nada para proferir a palestra “Mentes Inteligentes, Emoção e Relações Saudáveis” na noite de quinta-feira, 26, na sede de campo do Grêmio. A renda foi revertida à Comunidade Terapêutica Terra Santa, administrada pela Casa Assistencial
O escritor tem dificuldade para dar conferências devido à agenda lotada de compromissos não só por conta dos livros e das palestras, como também com os cursos da Escola de Inteligência, inaugurada recentemente em Ribeirão Preto e que já tem mais de 30 mil alunos no Brasil. 
Ele demora de 3 a 4 anos para aceitar um convite para dar conferências tanto a nível nacional como internacional. Para se ter uma ideia, a palestra em Colina teve que ser marcada com muita antecedência e foi a primeira, em muitos anos, que Cury ministra na terra natal depois do imenso sucesso e de ficar conhecido mundialmente. 
O escritor, que foi aplaudido de pé, deu apenas uma mostra porque é tão requisitado para dar conferências. Ele ensinou como resgatar a auto-estima e frisou, em vários momentos, que “o Eu representa a capacidade única e exclusiva do ser humano em escrever a sua própria história”. 
É HORA DE DESACELERAR 
O excesso de atividades da vida moderna tem cegado as pessoas, que estão deixando de lado o que é relevante. “Precisamos rever a nossa história para corrigir nossas rotas. O ser humano que não é capaz de olhar para si mesmo, reconhecer os erros e regular o foco da sua mente, para dar importância aquilo que é importante, acaba sendo escravo onde deveria ser líder, no território da emoção e das preocupações”, disse Cury. 
Ele explicou que quando estamos doentes o cérebro dá sinais de que é hora de desacelerar. “Um dos fenômenos do superficialismo é a síndrome do pensamento acelerado. A humanidade nunca esteve tão ansiosa e agitada. Não temos mais tempo para ser poeta da vida, que não é escrever poesia, mas viver a vida com poesia”. Acrescentou, “mude seu estilo de vida, evite o excesso de preocupação, atividades e informação. Faça do seu leito um lugar sagrado e construa uma agenda onde os finais de semana sejam oásis”. 
PERCORRER OS CAMINHOS DA MENTE
O palestrante comparou o córtex cerebral, o centro mais importante chamado de Memória de Uso Contínuo (MUC), às ruas da cidade que percorremos. “É na MUC que devemos construir as mais belas casas, apartamentos e ruas, ou seja, as janelas light que têm o poder de atrair o Eu como autor da história. A maioria das pessoas não tem pilares importantes no centro de excelência da personalidade”. 
Outro termo mencionado por Cury foi o Registro Automático da Memória (RAM), que não pede autorização para registrar no córtex cerebral as janelas light e killer. “O registro não depende do Eu, é inconsciente e você nunca apaga o que deseja. Precisamos reeditar o filme do inconsciente e enxertar novas experiências na zona traumática (killer)”. Ressaltou, “para proteger a emoção é necessário doar-se sem medo, diminua a expectativa de retorno dos seus filhos, cônjuges, alunos, colegas de trabalho e das pessoas mais próximas porque, em algum momento, eles vão te decepcionar. Abrace mais, sem nenhuma reserva e não seja econômico em elogiar”. 
OS “TRAUMAS” CRIADOS PELA DITADURA DA BELEZA 
Cury perguntou às mulheres da plateia qual o maior inimigo delas, que responderam: o espelho. “Hoje a cobrança pelos padrões de beleza impostos pela indústria da moda, cinema, TV e revistas são muito grandes e descartam quem está fora deles”. Destacou que, “existem milhões de pessoas com anorexia nervosa e bulimia, que tem pavor e aversão à comida. A beleza está nos olhos de quem vê”. 
Ele também informou que um dos seus sucessos editoriais, o livro “O Vendedor de Sonhos” vai se tornar um filme. 
Todos os ingressos colocados à venda foram vendidos e mais de 400 pessoas assistiram a palestra, entre elas os adictos da Comunidade Terapêutica Terra Santa que sentaram na primeira fileira e usavam a camiseta da entidade. Muitas pessoas, de várias cidades da região, não vieram por causa da chuva. Toda renda adquirida, em torno de dez mil reais, foi revertida para a manutenção da Terra Santa. 
A Casa Assistencial, que administra a Comunidade Terra Santa, representada pelos irmãos Ângelo e Renato Poliseli, agradeceu o escritor pela disponibilidade e “maravilhosa oferta” e a todos que, além de ouvirem um dos palestrantes mais assediados na atualidade, colaboraram em  muito com o trabalho que vem sendo realizado na entidade. 
 
O vice-presidente da Casa Assistencial, Ângelo Poliseli, exaltou o palestrante e agradeceu a sua preciosa colaboração. 
 
Confira mais algumas fotos do evento:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Postado em 05/05/2012
Por: A Redação
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