Empresa de Augusto Cury “adota” famílias venezuelanas

Processo foi coordenado pela filha mais nova do escritor que vivenciou novas emoções

Cláudia Cury recepciona as famílias venezuelanas no aeroporto.

A situação caótica e desumana que os imigrantes venezuelanos estão vivendo mexeu com o coração de Cláudia Cury, a filha mais nova do best-seller Augusto Cury, que se inteirou da situação e como deveria proceder para adotar algumas dessas famílias para que recomeçassem a vida no Brasil.

Ela tem uma veia social bem grande, já fez trabalho social na África e agora está engajada em ajudar os imigrantes da Venezuela. Existem mais de 15 mil famílias esperando para ser adotada.

Cláudia é agrônoma de formação, mas atua como gerente de compras e de projetos na Escola da Inteligência, empresa da família, que em setembro adotou três famílias, com seis adultos e quatro crianças, que já estão trabalhando no Instituto e na fazenda da família. Mais uma família foi encaminhada para Belo Horizonte, com o suporte da empresa, para trabalhar em um frigorífico.  

“OS QUE TÊM SORTE COZINHAM FEIJÃO NA LATA DE TINTA”

“Sempre quis ajudar os venezuelanos e então entrei em contato com a Fraternidade Sem Fronteiras, uma organização de ajuda humanitária internacional maravilhosa que atua na África, tem trabalhos no Nordeste com a microcefalia e tem atuado em Roraima”, explicou Cláudia que acrescentou, “enviamos uma psicóloga do Instituto para Boa Vista que se inteirou da situação e nos relatou que milhares de pessoas estão dormindo na rua. Aqueles que têm sorte cozinham feijão, uma vez por dia, na lata de tinta. Em média os venezuelanos emagreceram 11 quilos por pessoa porque não têm o que comer, estão passando uma situação muito triste”. Ela contou que uma criança veio para o Brasil com 4 meses e hoje está com um ano de idade, porém tem o mesmo peso de quando chegou. “A gente conseguiu vaga no Hospital das Clínicas, em Ribeirão Preto, para essa criança ser consultada e começar a ganhar peso”.  

A filha do escritor colinense entrou em contato com o diretor da “Fraternidade Sem Fronteiras” que realiza esse trabalho de adoção, que consiste em pagar o transporte, empregá-los, montar a casa e custear os seis primeiros meses de aluguel. “O mais difícil foi escolher três famílias dentre tantas que necessitam de ajuda, mas depois da seleção pagamos as passagens para trazê-las a Ribeirão Preto. Com a doação de várias pessoas montamos 3 casas e o que não conseguimos a gente comprou. Alugamos duas casas e uma família foi para Dumont, onde mobiliamos a residência para recebê-los”, relatou.

TURBILHÃO DE SENTIMENTOS

As famílias foram recebidas no aeroporto e no primeiro dia de trabalho. “Nunca me esquecerei da cena deles chegando nas casas que montamos. São casas simples, mas pareciam palácios para eles. Uma das venezuelanas beijava as paredes e dizia que não sabíamos o valor que tinham para ela”, contou a gerente ressaltando, “um venezuelano estava dormindo num colchão de solteiro com a esposa e dois filhos dentro de uma barraca. Ele não deitava em uma cama há 7 meses. O grupo dizia “gracias” o tempo todo, mas eu que os agradeci por me ensinar a enxergar a vida com muito mais gratidão e por me darem a oportunidade de viver tudo isso. A felicidade não está apenas quando damos o que temos ao próximo, mas quando damos o que somos”.

 “Um turbilhão de sentimentos surgiu dentro em mim ao receber estas famílias venezuelanas. Uma mistura de gratidão com um conflito interno ecoa em minha alma: Senhor, porque tenho tanto e tantas pessoas não tem nada?”

APELO

O principal objetivo do Instituto da Inteligência é levar educação emocional para crianças de orfanatos, escolas de periferia e prisões. “Quisemos dar o exemplo para que mais pessoas adotem essas famílias que tinham uma história, suas vidas, rotinas e de repente não têm mais nada. Estavam passando fome, vivendo em condições desumanas. Muitas famílias aguardam ser adotadas. É só entrar em contato com a Fraternidade Sem Fronteiras que está de braços abertos e com tudo pronto para ajudar na seleção. Faço um apelo para o povo colinense, igrejas, empresas, grupos de amigos para que adotem essas famílias que tanto precisam de apoio e carinho”, destacou Cláudia.  

Se você não tem condições de adotar pode ajudar fazendo doações para que outras pessoas adotem essas famílias. Acesse: contato@fraternidadesemfronteiras.org.bre saiba mais sobre os projetos e como ajudar essa organização humanitária internacional.

O escritor Augusto Cury e as filhas Camila, Carolina e Cláudia deram boas vindas aos venezuelanos que estão trabalhando na empresa da família.


Postado em 27/10/2018
Por: A Redação
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