Denúncias colocam fim ao sofrimento de crianças e adolescentes que têm voz sufocada por ameaças

Mobilização e conscientização são a garantia na luta contra a violência e abuso sexual

Reprodução.

Neste sábado, 18 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em Colina a Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, realiza diversas ações de conscientização para que a proteção das crianças e adolescentes seja cada vez maior entre a população.

O tema será explorado durante todo o mês de maio, mas durante esta semana (de 13 a 18) estão acontecendo várias ações que tiveram início na tarde de segunda-feira, dia 13, com palestra do policial Jairo Bertelli Gabaldi no Museu Municipal. Além dos funcionários do Creas, Cras e do Conselho Tutelar, o evento teve a participação de mães, diretoras e professoras de creches e escolas da Rede Municipal de Ensino. Ontem, dia 15, aconteceu encenação teatral nas escolas “Lamounier de Andrade” e ETAM “São Francisco de Assis” com o Grupo “Ó do Borogodó”. Na manhã deste sábado será realizada caminhada pelas ruas da cidade para divulgação do movimento com premiações e atividades culturais.

“Devemos ter a consciência e ficarmos alertas para proteger às crianças e adolescentes. É importante não deixar de denunciar para colocar fim ao sofrimento das vítimas que não têm voz e, muitas vezes, sofrem ameaças. As denúncias são mantidas no anonimato para resguardar a identidade do denunciante”, explicou Sueli Basso, secretária de Desenvolvimento Social.

POPULAÇÃO TEM DENUNCIADO MAIS

A população não faz ideia de que os abusos e a violência infantojuvenil são mais comuns do que se imagina. No ano passado, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), órgão municipal que atende vários tipos de violação de direitos, incluindo a violência sexual contra crianças e adolescentes, atendeu 11 casos de violência sexual. “Sempre aparecem casos que necessitam de atendimento. Acreditamos que as pessoas estão denunciando mais. Infelizmente a violência e exploração sempre existiram e todos tinham medo de denunciar, mas ainda hoje muitas pessoas hesitam por medo de fazer a denúncia”, explicou Fernanda Poleto, que é psicóloga do Creas.

As maiores vítimas continuam sendo as crianças. “Já passou pela equipe do Creas desde crianças com quatro anos até adolescentes entre 13 e 14 anos. Os casos chegam por encaminhamentos da Rede de Serviços de todo o município: Conselho Tutelar, denúncias anônimas e até por demanda espontânea”, explicou Fernanda que ressaltou: “o trabalho no município através do Creas é feito pelas técnicas de serviço social e psicologia que atendem, acolhem e acompanham cada caso e suas famílias. Os encaminhamentos são feitos quando necessário”.

Em muitos casos os adultos normalmente não acreditam nas crianças, pois o(a) agressor(a) faz chantagens, ameaças e nega todo fato.

A psicóloga explicou que a vítima normalmente recebe proteção na família extensa, como avós, avôs e tios. Se houver risco a vítima é afastada do lar, sendo que a criança é encaminhada à adoção somente em última instância, ou seja, quando a família de origem realmente não tiver condições de oferecer uma vida de proteção para os menores de idade”.

O homem ou a mulher que praticaram o abuso sexual estão sujeitos às penalidade da lei. A parte de investigação de toda a questão do crime fica sob a responsabilidade do Conselho Tutelar, Polícia Civil e Fórum. “O envolvimento e o trabalho conjunto dessas esferas com a escola e a sociedade é de grande importância. O Creas acompanha o caso e a delegacia faz a investigação. Quando o caso é desligado do Creas é encaminhado à Secretaria de Saúde para o atendimento psicológico, mas tudo depende de cada caso e se necessário”.

Todo esse trabalho depende das denúncias que podem ser feitas por qualquer pessoa diretamente no Creas (3341-8119), através do Conselho Tutelar (3341-4411) ou Disque Denúncia (100).

Ameaças impedem que denúncias de abuso sexual sejam concretizadas.


Postado em 18/05/2019
Por: A Redação
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