Aluno da Apae é 3º colocado em prova de salto na Festa do Cavalo

Cavaleiro participa do “Projeto Municipal Equitação Educativa” há apenas 9 meses. Pais agradecem oportunidade

O cavalo e as aulas no Projeto Municipal “Equitação Educativa” são a paixão de Rulian Perrold Peguin, de 17 anos, que é um exemplo de superação. O hipismo representou um salto em todos os sentidos na vida deste adolescente, aluno da Apae, que em tão pouco tempo de prática conquistou o 3º lugar na 37ª Copa Colina de Salto, realizada na manhã de sexta-feira na Festa do Cavalo, primeira prova do cavaleiro que competiu na categoria 40cm.

A colocação surpreendeu porque Rulian nunca havia participado de uma competição oficial e é aluno do projeto há cerca de 9 meses. Ele conseguiu ficar entre os três primeiros colocados nesta prova que tem qualificação até o 6º colocado. Competiu com mais de 30 concorrentes que praticam o esporte há muito mais tempo e com cavalos em condições melhores do que a de “Lord”, animal com quem Rulian saltou e que é seu companheiro nos treinos.

Rulian desde pequeno é aluno da equoterapia da Apae. As aulas são realizadas no Recinto Municipal e foi em uma delas que o professor da “Equitação Educativa”, Eurípedes Rodrigues “Liu”, fez o convite para a mãe Idê de Almeida trazer o filho para fazer parte do grupo de equitação. “Ele aproveitou a oportunidade e não vi nele dificuldade, mas sim uma capacidade muito grande. O cavaleiro vem surpreendendo pelos resultados que são mais do que a gente esperava em tão pouco tempo de projeto”, destacou o professor que, juntamente com os pais Claudenilson Peguin “Kiko”/Idê, é um dos principais incentivadores do jovem cavaleiro.

CAVALEIRO TAMBÉM QUER SER TRATADOR

“Liu” conta que Rulian se apaixonou na primeira aula. “Ele apresentava uma postura irregular ao montar, fomos trabalhando e já melhorou bastante. O objetivo é que seja um atleta no hipismo não só na categoria 40cm, que compete atualmente, mas o sonho é que se torne um cavaleiro paraolímpico”.

O cavaleiro chega antes das aulas que acontecem as segundas e sextas-feiras, das 14 às 16 horas e ajuda a preparar o cavalo antes de ir para a pista. “Ele é especial pela superação, dedicação e vontade de aprender a equitação e a profissão de tratador de cavalos. É impressionante a vontade que tem de aprender. A gente tem que dizer que a aula terminou porque ele não vai embora, quer ficar sempre um pouco a mais. Chega mais cedo para encilhar o cavalo e acaba sendo meu assessor nas aulas porque sabe fazer tudo que é preciso com o animal, para deixá-lo pronto para a aula”.

O cavaleiro é um dos cotados para as provas que o projeto vai participar na região, após a festa. “Vamos continuar trabalhando para que o Rulian evolua no esporte e que as premiações o motivem ainda mais”.

EQUITAÇÃO FOI ALGO SURPREENDENTE

Em entrevista à reportagem a mãe Idê contou que a equoterapia e o atendimento dos profissionais da Apae ajudaram muito o filho, mas a equitação foi algo surpreendente. “Ele melhorou em tudo, se sente feliz e realizado frequentando as aulas do projeto. A conquista do primeiro troféu foi muito emocionante, algo inexplicável e que representa um incentivo importante para que ele continue se superando e vencendo os próprios limites”, revelou a mãe de Rulian que participou de quatro provas durante a festa sendo que na estreia, na quinta-feira durante a 7ª Copa de Salto do Projeto “Equitação Educativa”, ficou muito nervoso. “Tinha muita gente e ele acabou caindo, mas no dia seguinte estava lá de novo e conquistou o seu primeiro troféu em competições”, declarou.

Rulian agora só está na equitação e continua estudando na Apae no período da manhã. “A paixão dele é o projeto. Todo dia faz a mesma pergunta: ‘hoje tem recinto?”. Ele também não cansa de pedir ao ‘Liu’ para deixá-lo trabalhar como tratador. O cavalo e as aulas ajudaram bastante, ele se desenvolveu muito”. Ela salientou que antes da Apae o filho não jogava bola, não andava de bicicleta por falta de coordenação motora, mas hoje faz tudo sozinho, só tem uma dificuldade na aprendizagem. “Quando o ‘Liu’ convidou o Rulian me disse que tinha condições de participar do projeto porque tinha coordenação motora. O começo foi devagar e a participação nas provas da festa é o maior prêmio que poderíamos desejar. Tenho certeza que outros virão”.

Os pais agradeceram a Apae que acompanha o progresso do Rulian desde pequeno, ao professor “Liu” que sempre o incentivou a se aprimorar dentro e fora da pista e à prefeitura que mantém esse projeto maravilhoso. “A gente não teria condições de pagar as aulas que tanto bem fazem ao Rulian. A existência deste projeto mudou a vida do nosso filho e somos muito gratos por tudo que tem proporcionado a nós e a muitas crianças que participam da Equitação Educativa”, disseram os pais Kiko e Idê que acreditam que o projeto ainda irá proporcionar muitas conquistas e também será o caminho para a independência do filho.

Este é mais um exemplo do que o esporte pode proporcionar para quem tem determinação, persistência e força de vontade. O hipismo e a paixão pelos cavalos conduziram Rulian ao reconhecimento como cavaleiro, algo que jamais a sua família havia sonhado. Então não importa qual seja a sua situação, dentro ou fora do esporte, o segredo é acreditar sempre!

O cavaleiro Rulian ladeado pelo instrutor “Liu” e pela mãe Idê.

Rulian e o cavalo Lord, seu companheiro de esporte. Foto Zezinho


Postado em 13/07/2019
Por: A Redação
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