Reclamantes temem que o pior aconteça

Uma matilha de cães, composta por quatro ou mais animais, está causando medo e transtorno para pedestres, ciclistas e motociclistas que passam nas ruas próximas ao Terminal Rodoviário. Muitas pessoas já foram atacadas, caíram da bicicleta e ficaram feridas.
Este semanário tem recebido muitas reclamações de pessoas vítimas dos cães que procuraram resolver o problema junto aos órgãos públicos, mas que até o momento nada foi feito. Os reclamantes temem que se nada for feito o pior aconteça.
A última reclamação foi feita no início desta semana de uma senhora, que preferiu não se identificar, mordida pelos animais no final de semana, enquanto seguia pelas ruas próximas à rodoviária com sua bicicleta.
Ela disse que para constatar a veracidade dos fatos é só analisar as imagens das câmeras que existem próximas à rodoviária. “Será que quando acontecer o pior alguém será responsabilizado? Se uma criança for vítima dos ataques dos animais uma tragédia pode vir a acontecer. Meu intuito é resolver a situação para acabar de vez com este problema, que há tempos perturba e tira a paz tanto dos moradores das redondezas como das pessoas que diariamente transitam por estas ruas”, frisou a reclamante.
A ciclista ainda alegou que a rodoviária é um lugar público, onde diariamente circulam muitas pessoas que também estão sujeitas ao ataque dos animais. Ela disse que não sabe se os cães têm dono ou foram abandonados nas ruas.
PROBLEMA QUE CARECE DE SOLUÇÃO
A falta de um abrigo e de políticas públicas para animais abandonados no município dificulta, e muito, a solução do problema. Em Barretos está sendo discutida a criação do Conselho Municipal de Defesa dos Animais. Em Bebedouro, os responsáveis por maus tratos a animais terão que arcar com as despesas médicas.
Infelizmente não se sabe qual o caso destes cães, se tem donos ou não, mas com certeza um dia já tiveram. Os animais são vítimas dos vários exemplos que existem na cidade, de pessoas que abandonam os cachorros nas ruas, que mudam da cidade e os deixam para trás, ao relento e a própria sorte. Muitas pessoas alimentam esses animais e até colocam casinhas nas calçadas. Os “entendidos” no assunto dizem que não se pode alimentar estes cães, que defendem o território e ficam agressivos. Mas diante da situação de magreza extrema, de abandono e fome o que deve ser feito?
Já passou da hora do Poder Público tomar providências neste sentido e disponibilizar um espaço para abrigar os animais abandonados. O “Meu Pet”, contêiner instalado atrás do Clube Hípico, está fechado há meses. O prefeito Mi, em uma das entrevistas ao “Conexão Tudo de Bom”, explicou que o contêiner está com problemas estruturais e aguarda solução da empresa responsável.
É preciso olhar com mais carinho pela questão animal para que casos, como este relatados na reportagem, não aconteçam mais.
Esse é um problema real, visível que não pode ser encarado com mais um ou simplesmente virar as costas. É preciso unir forças para que algo seja feito com urgência.
