As tampinhas de plástico de diversos produtos e lacres de latinhas são revertidas em alimento para cães e gatos abandonados e auxiliam também as pessoas que adotam estes animais de rua.
Esse é o objetivo do TamPet, projeto implantado em Colina há cerca de 4 anos pela produtora rural Fernanda Caruso Conde Masagão Ribeiro, de 65 anos, que é natural de São Paulo e mudou-se para Colina há nove anos.
“Quando cheguei aqui decidi ajudar, de alguma forma, os animais abandonados. Antes da implantação fiquei um ano pesquisando e recebendo orientações de pessoas que já tinham experiência com o projeto”, revelou Fernanda que ressaltou: “O começo foi bem difícil, tive que ir de porta em porta pedindo para os comerciantes juntarem as tampinhas e lacres. Os bares foram os primeiros e hoje existem quase 30 pontos de coleta na cidade (consulte a relação dos pontos de coleta no site ocolinense.com). Aceitamos qualquer tipo de tampinha: de produtos alimentícios, de higiene pessoal, limpeza e bebidas desde que seja de plástico duro e independente da cor”.
FALTA DE AJUDA: MAIOR NECESSIDADE
A idealizadora do projeto afirmou que o TamPet cresceu, no entanto enfrenta dificuldades pela falta de apoiadores e voluntários.“Eu e o Donizete de Oliveira ‘Banha’ recolhemos as tampinhas nos vários pontos de Colina e da região, onde o projeto também é desenvolvido. As tampinhas recolhidas são armazenadas numa casa ao lado da horta comunitária do bairro Patrimônio e quando atingem um volume grande, em torno de uma tonelada, vendemos para quem nos paga o maior valor. Então esse dinheiro é usado para comprar ração que é doada aos protetores de Colina, Barretos e região. Na última venda conseguimos o valor de R$ 1,50 por quilo. A gente reparte a ração conforme o que conseguimos comprar. Entregamos também para as famílias em dificuldades para alimentar os animais”, esclareceu Fernanda.
A intenção é expandir o projeto com a abertura de mais pontos em Colina e outras cidades. “O TamPet cresce a cada dia e as pessoas aderiram a ideia de doar tampinhas. Agora precisamos de voluntários, pois o trabalho é grande e sozinhos fica difícil. Não é só recolher as doações, precisamos carregar o caminhão com os bags enormes até o comprador, distribuir as rações, entre outras coisas. Temos muito trabalho e deficiência de mão de obra voluntária. Essa é maior necessidade do projeto”.
Ela agradece todas as pessoas que ajudam o projeto e convida aqueles que queiram fazer parte desta corrente do bem em prol dos animais. Para ser voluntário ou parceiro basta entrar em contato pelos fones: (11) 99384-3927 ou (17) 98169-2339.