O assunto na quarta-feira, dia 1º, foi o atentado à agência da Caixa Federal que deslocou agentes da Polícia Federal, que permaneceram na cidade durante horas colhendo todo o material deixado pelos assaltantes, inclusive imagens das câmeras de dentro e fora do banco.
O atentado tinha como objetivo arrombar o cofre que não chegou a ser violado. A ação aconteceu de forma cinematográfica e muito bem planejada. Segundo informações extraoficiais, colhidas pela reportagem, membros de uma quadrilha aproveitaram a ausência de moradores, já que o banco é rodeado por lojas e casas desabitadas, para escalar os muros de imóveis vizinhos até chegar ao depósito de um comércio que fica justamente nos fundos da sala do cofre.
A ação teve início por volta das 3 horas quando o cadeado do portão de uma casa na Av. Rui Barbosa foi arrombado para entrada de um Honda Civic escuro, que ficou fora do alcance das câmeras de segurança da rua. Além de mais criminosos, o carro tinha ferramentas usadas para abrir um buraco na parede pelo qual os bandidos chegaram à sala do cofre, que só não foi arrombado devido ao sistema de segurança. Um dispositivo impregnou o ambiente com fumaça que prejudicou a visão e dificultou a respiração da quadrilha que se evadiu. Dentro do banco foram apreendidos aparelho de solda e um cilindro de oxigênio.
Um dos vigias chegou a comparecer na agência e ao deparar-se com os estragos acionou a Polícia Militar, que preservou o local até a chegada da PF que conduz as investigações. Mais tarde, por volta do meio-dia, o Honda Civic usado no crime foi encontrado atolado às margens da Rodovia Antônio Bruno, entre Colina/Jaborandi. O carro é produto de furto cometido em Franca no dia 18 de janeiro deste ano. O veículo ficou à disposição da PF no pátio da delegacia. O atendimento ao público, inclusive na área dos caixas eletrônicos, foi suspenso durante todo o dia e só foi retomado no dia 2.