A semifinal entre Casa da Dirce e Amigos do Xibil foi repleta de muitas emoções e vai ficar marcada na memória dos esportistas.
A vitória heroica do Xibil por 4 a 3, com dois jogadores a menos, deixa o time com moral para a final deste domingo diante da Pedreira. O time do técnico Macarrão empatou com a VG e conseguiu chegar a final para lutar pela conquista do tão sonhado título.
Dona da melhor campanha, a Pedreira joga pelo empate e vai estar completa. Já o Xibil vai ter que administrar os desfalques do artilheiro Chupeta e também de Gilsinho que foram expulsos. A decisão acontece às 10 horas no Colina Atlético e promete novas emoções.
Na retrospectiva de confrontos entre os finalistas, o Xibil venceu a Pedreira por 3 a 1 no 1º turno. No 2º turno ficou em 1 a 1. Porém a grande rivalidade remonta ao ano passado quando o Xibil venceu a grande final por 2 a 1 depois de dois empates: 1º turno 2 a 2 (Xibil campeão) e 2º turno 0 a 0 (Pedreira campeã).
O vencedor do 2º turno faz a grande final com a Dirce (campeã 1º turno) no dia 16 de julho.
A RODADA
O roteiro da semifinal entre Casa da Dirce e Amigos do Xibil teve de tudo e um pouco. Drama, emoção, ação e uma apoteótica e surpreendente final no jogo mais emocionante e, por que não, confuso da edição de 2023.
Com uma rivalidade que nasceu e cresceu durante o campeonato, o clássico começou quente e logo no primeiro minuto o árbitro Nelson da Silva, que pertence ao quadro da CBF foi um dos protagonistas da partida, deu uma sonora bronca nos bancos de reservas e aplicou cartão amarelo ao técnico Rodrigo Xibil.
Pouco depois, aos 6’, teve pênalti para o Xibil e Chupeta converteu fazendo 1 a 0. Parecendo perdida em campo, a Dirce não conseguia entrar no jogo e tomou 2 a 0, aos 18 minutos com Pelezinho que bateu rasteiro e o goleiro Danilo não foi bem na bola e acabou espalmando para dentro do gol.
Em desvantagem e precisando do empate o time do técnico Porquinho aos poucos foi se encontrando em campo. Aos 35’, Ique tentou jogada na área e caiu. O árbitro mandou seguir, o que gerou muita reclamação.
Aos 40’ o técnico do Xibil foi expulso por reclamação. O lance que gerou muita indignação por parte da equipe aconteceu quando Danilo pegou a bola, soltou e voltou a pegá-la com a mão, o que em tese é proibido. Mas na interpretação do juiz, o lance não foi intencional.
Já nos acréscimos Nenê foi derrubado na área e, dessa vez, o dono do apito deu o pênalti. Tim diminuiu para 2 a 1.
O gol botou ainda mais fogo no jogo que, na volta do intervalo, seguiu muito acirrado. Em cruzamento de Chupeta, o zagueirão Zé Edu foi cortar e mandou contra o próprio patrimônio, deixando o placar em 3 a 1.
O gol não diminuiu o ímpeto da Dirce que sete minutos depois fez 3 a 2, com Marquinhos Baldo.
E então o clima que já era quente, ferveu de vez aos 14 minutos. Após um lance que o Amigos do Xibil queria pênalti e não foi marcado, os jogadores partiram para cima do auxiliar Leandro Santos, que ao se afastar se desequilibrou e caiu. E aí a confusão foi generalizada. Muito empurra empurra, xingamentos e jogadores tentando segurar os mais exaltados.
Alegando falta de segurança para seguir com o jogo, o árbitro Nelson da Silva paralisou a partida e foi para o vestiário com toda a equipe de arbitragem.
No campo ficaram os jogadores que aos poucos foram se acalmando. Quando o clima amenizou o trio de arbitragem voltou a campo e teve mais um pouco de reclamação.
Chupeta, que estava jogando e Wellis, goleiro reserva, foram expulsos. O Xibil ficou com um a menos.
Depois de quase quinze minutos de confusão, a bola voltou a rolar. Com um a mais, a Dirce foi pra cima e aos 37’ empatou com Ique.
O Xibil precisava de um gol para se classificar e a tarefa ficou ainda mais difícil quando Gilsinho, também foi expulso.
Com dois a menos, o time partiu com tudo para cima. Não tinha mais tática nenhuma, o gol tinha que sair na marra.
Mesmo em vantagem, a Casa da Dirce tinha dificuldades em segurar o resultado. Em uma saída de bola errada na defesa, a Dirce teve que fazer falta e gerou o lance que mudou de vez a história do jogo.
Na cobrança Pelezinho encobriu Danilo e fez 4 a 3. E teve mais confusão.
Foi reclamada uma falta no goleiro, mas a arbitragem entendeu como lance normal e validou o gol.
Mas não acabou ainda. A Dirce partiu pra cima em busca do empate e aos 63 minutos, João Paulo teve a chance, de frente pro gol, com o goleiro caído e, mandou por cima.
Foi o lance derradeiro de um jogo louco, que terminou com a heroica vitória do Amigos do Xibil por 4 a 3.
PEDREIRA EMPATA E ESTÁ NA FINAL
A Pedreira segue viva na busca pelo 14º título do Campeonato Veterano. O time sofreu, mas conseguiu arrancar um empate com a Vila Guarnieri no jogo de abertura e conquistou uma vaga na final.
Assim como aconteceu em 2022, a Pedreira disputará as duas finais de turno. E para conquistar a vaga neste ano o time, comandado por Macarrão, teve que superar uma aguerrida Vila Guarnieri.
Precisando vencer, a VG partiu pra cima e logo, aos sete minutos, fez 1 a 0 com o artilheiro Eliton que marcou seu 15º gol.
A Pedreira saiu em busca do empate, que lhe daria a classificação, mas parou em uma atuação segura do goleiro Paulo. Porém o artilheiro Brito também estava em campo e aos 20’ do 2º tempo marcou o importante gol de empate.
O time administrou o resultado e no final ainda teve um momento especial. Saúva e seu filho, Sauvinha, atuaram por alguns minutos juntos.
A Vila Guarnieri se despede como a grande surpresa do Veterano. Depois de anos sendo a pior equipe, o time conseguiu se tornar competitivo e por pouco não chegou na decisão do segundo turno.
