Por: Pe. Pedro Henrique Alves Lopes
Vigário Paroquial da Paróquia São Miguel Arcanjo – Miguelópolis
A Quaresma, período de 40 dias que antecede a Páscoa, é um tempo propício para a reflexão, a conversão e a intensificação da fé. Mais do que um ritual religioso, a Quaresma nos convida a um mergulho interior, a um encontro com Deus e com a nossa própria verdade.
Neste tempo, somos chamados à metanóia, à mudança de mentalidade e de coração, uma mudança radical e total. Não se trata de uma mera mudança externa, mas de uma transformação profunda que se manifesta em nossas ações e na forma como nos relacionamos com Deus, com o próximo e com o mundo. Para isso três pilares norteiam esse grande tempo: oração, jejum e caridade.
A oração é um dos pilares fundamentais. Através dela, colocamo-nos em sintonia com Deus, buscando sua orientação e graça. É um tempo para fortalecer a intimidade com o Senhor, reconhecendo-nos como pecadores necessitados de sua misericórdia.
A Quaresma também é tempo de jejum, não apenas de alimentos, mas de tudo que nos distancia de Deus e do próximo. É um momento de purificação, de desapego e de renúncia, buscando colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas.
A caridade, expressão concreta do amor de Deus, é outro pilar fundamental da Quaresma. Através dela, manifestamos nossa fé em ações concretas, ajudando os mais necessitados e construindo um mundo mais justo e fraterno.
Para então praticarmos o que a Quaresma nos propõe temos os santos que são exemplos inspiradores de fé e conversão. Ao longo da história, homens e mulheres se entregaram a Deus com fervor, dedicando-se à oração, à caridade e ao serviço ao próximo. Seus exemplos nos motivam a buscar a santidade e a viver uma fé autêntica.
Outro caminho muito importante nesse tempo, e intensificar a participação na Eucaristia, pois ela é essencial para fortalecer nossa fé e nossa união com Deus e com a comunidade. Na celebração eucarística, encontramos o alimento espiritual que nos sustenta na jornada quaresmal, que é a Eucaristia.
A quaresma então, além de um período de penitência e abstinência é um tempo de graça, de conversão interior e de redescoberta da fé. É um convite à mudança autêntica, à vivência profunda da religiosidade, com foco na oração, no jejum e na caridade.
Neste tempo, abramos nossos corações à graça de Deus e busquemos uma verdadeira conversão, para que a Páscoa seja, de fato, uma celebração da ressurreição de Cristo em nossas vidas.