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“O boi chegou em Barretos e o cavalo ficou por aqui”

Tradição equestre torna a festa em atrativo de destaque

Esta frase é do coordenador de atividades culturais, Gilberto Gonçalves, entrevistado do “Conexão Tudo de Bom” da última quinta-feira, dia 20. A Festa do Cavalo, que começa no próximo dia 5, foi o assunto principal do programa.

“Temos uma tradição que faz parte da cultura caipira, do turismo rural, com o cavalo usado no manejo da boiada. Costumo dizer que o boi chegou em Barretos, mas o cavalo ficou por aqui. Nossa festa é hípica, é única e rara fazendo de Colina um atrativo de destaque”, destacou Gonçalves na entrevista que abordou a história da cidade com o cavalo, que começou com a chegada dos primeiros colonizadores.

“Essa tradição acompanha o município desde a fundação em 1926, a construção do Club Hípico e as conquistas do time de polo. Colina também forneceu animais para as tropas da Revolução Constitucionalista de 1932. A vinda do centro de pesquisa da Estação Experimental do Estado, conhecida atualmente como APTA Paulista, desenvolvimento da Raça Brasileira de Hipismo, de trote mais macio e dorso alongado, que contou com a valorosa contribuição do pesquisador colinense Dr. Perdigão. Outro item raro é o Museu do Cavalo, que só existem dois no Brasil, o de Colina e o de Cruzilhas/MG”, ressaltou o coordenador.

RECONHECIMENTO

O reconhecimento de Colina como “Capital Estadual do Cavalo” também foi mencionado na entrevista. “Colina sempre buscou reconhecimento como Capital do Cavalo por causa da sua história que começou a ser escrita em 1898 com a chegada dos colonizadores. Os primeiros moradores eram fortes criadores de cavalo e o município já concentrava grandes jogadores de polo. Na época o cavalo foi muito usado e o polo se destacou, iniciando-se a construção do Club Hípico. Outro fato foi que em 1935 o Estado transfere a Coudelaria Paulista de Pindamonhangaba para cá”, afirmou Gilberto que ainda comentou que, desde 1992 até Tóquio em 2020, em todas as edições olímpicas a equipe brasileira esteve composta por cavaleiros colinenses.

“Nossa história com o cavalo é muito antiga e consolidada. Sempre buscamos esse reconhecimento nacional. Entramos com o pedido, por meio do deputado estadual Sebastião Santos, de Barretos, que apresentou o projeto que tramita na Assembleia Legislativa desde 2019, passando por várias comissões. Com a aprovação agora só falta a assinatura do governador. Com a decretação e promulgação da lei vamos buscar o reconhecimento a nível nacional”, conclui Gonçalves.