Palavra de Fé

Direito à Vida

(Por: Diácono Lombardi)

Há 30 anos (1994) na Conferência sobre População e Desenvolvimento, no Cairo (Egito), Madre Teresa de Calcutá discursou, e veja aqui este trecho do que falou:

“O mundo que Deus nos deu é mais do que suficiente, segundo os cientistas e pesquisadores, existe riqueza mais que de sobra para todos. Só é questão de reparti-lo bem, sem egoísmo. O aborto pode ser combatido mediante a adoção. Quem não quiser as crianças que vão nascer, que as dê a mim. Não rejeitarei uma só delas. Encontrarei uns pais para elas. Ninguém tem o direito de matar um ser humano que vai nascer: nem o pai, nem a mãe, nem o Estado, nem o médico. Ninguém. Nunca, jamais, em nenhum caso. Se todo o dinheiro que se gasta para matar fosse gasto em fazer que as pessoas vivessem, todos os seres humanos vivos e os que vêm ao mundo viveriam muito bem e muito felizes. Um país que permite o aborto é uma país muito pobre, porque tem medo de uma criança, e o medo é sempre uma grande pobreza”.

Em uma explicação resumida, a ciência nos diz que um Ser Humano normal tem 46 cromossomos, que são o resultado de uma “meiose” que ocorreu em seus pais. No momento da fecundação, o homem forneceu à mulher a metade de seus 46 cromossomos, ou seja, um conjunto de 23 células haploides, denominado espermatozoide; na mulher, o seu ovócito também continha 23 conjuntos das células haploides. Nelas estão todas as características da natureza humana tanto oriundas dos ancestrais maternos como paternos. Nessa fecundação, o novo ser gerado (bebê) já passa a ter instantaneamente 46 cromossomos, portanto um ser humano que, se abortado propositadamente, constitui-se em um infanticídio, ou seja, um crime hediondo.

Sendo, na fecundação, já um bebê com todas as características de seus ancestrais, o aborto, que é a interrupção criminosa da vida intrauterina, é a mais covarde violação dos direitos humanos.

Quando em Maria houve a encarnação do Filho de Deus, isso também ocorreu. Maria ofereceu a Deus toda a natureza humana em seu ovócito, constituído – isso mesmo – por 23 cromossomos de toda sua ancestralidade, exceto o pecado. Por sua vez, o Espírito Santo colocou no seio de Maria 23 cromossomos divinos, o que para nós é um indecifrável mistério, do qual nem duvidamos porque o próprio anjo disse a Maria que pra Deus tudo é possível. Assim, Jesus é um homem-Deus.

E quando ela, apressadamente, foi visitar sua parenta Isabel, grávida já de seis meses, não eram dois “fetos” que ambas as mães tinham em si, mas o Filho de Deus e, em Isabel, o seu precursor, João Batista.

Só Deus é o Senhor da Vida, mais ninguém.