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Justiça condena agiota a mais de 30 anos de prisão

Em sentença proferida na semana passada, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo condenou o chefe da quadrilha de agiotas que movimentou R$ 15 milhões em três anos em Colina e região.

 Ele foi condenado a 34 anos em regime inicial fechado pelos crimes de extorsão, usura (cobrança abusiva de juros) e organização criminosa, além de um ano em regime inicial semiaberto por crimes contra a economia popular.

Além dele, também foram condenados pelos mesmos crimes o irmão, os primos e uma 4ª pessoa. As penas para os demais membros do grupo variam entre oito e nove anos de prisão.

Além das prisões, o grupo também foi condenado ao pagamento de dias-multa. O valor, que corresponde a metade do salário-mínimo vigente à época dos fatos, deve ser recolhido ao Fundo Penitenciário.

A sentença foi proferida no último dia 21 pelo Juiz da Comarca, Dr. Fauler Félix de Ávila.

OPERAÇÃO HERES

O grupo foi investigado na Operação Heres, que significa herdeiro, deflagrada no fim de outubro de 2023, que identificou que os integrantes da quadrilha eram todos da mesma família.

De acordo a polícia, os líderes da organização são o pai, já falecido e o filho, chefe da quadrilha.

Com a morte do pai o filho passou a comandar a quadrilha que tinha também como integrantes o irmão e os primos.

Conforme as investigações e interceptações telefônicas, autorizadas pela Justiça, um dos diálogos aponta que o chefe “pegava” como garantia de recebimento cartões de benefícios sociais para sacar diretamente as parcelas em débitos pelos devedores.

Além da retenção dos cartões, a quadrilha fazia graves ameaças contra os “devedores”. O controle das cobranças era por meio de notas promissórias e tabelas de clientes e valores.