A arquitetura e o design evoluíram para se tornarem mais do que simples formas de criar espaços funcionais e esteticamente agradáveis. Hoje, são campos que incorporam ciência, psicologia e biologia para criar ambientes que verdadeiramente cuidam das pessoas. A experiência do usuário, em conjunto com princípios de neurociência, biofilia e design responsivo, estabelece uma nova era na construção de ambientes saudáveis e sustentáveis que promovem qualidade de vida, saúde e bem-estar.
A experiência do usuário em arquitetura vai além de satisfazer necessidades básicas. Envolve a criação de espaços que influenciam positivamente o humor, a produtividade e a interação social. A neurociência traz embasamento científico para entender como os espaços afetam nossos cérebros. Estudos mostram que cores, formas e distribuição de luz impactam a produção de hormônios como serotonina e cortisol, reguladores do humor e do estresse. Por exemplo, espaços bem iluminados com luz natural promovem a produção de serotonina, aumentando a sensação de bem-estar.
O conceito de biofilia, que representa nossa conexão inata com a natureza, é fundamental para projetar ambientes que restauram e energizam. Elementos naturais como plantas, madeira, água e ventilação cruzada incorporados aos projetos podem reduzir a pressão arterial e melhorar a saúde mental. Além disso, o uso de materiais sustentáveis e estratégias de reaproveitamento de recursos reforçam a ideia de ambientes saudáveis e sustentáveis que cuidam tanto das pessoas quanto do planeta.
O design responsivo complementa essa abordagem ao adaptar os ambientes de forma dinâmica às necessidades dos usuários e às mudanças ao longo do tempo. É um método que considera a adaptabilidade dos espaços para responder a variações de luz, temperatura e até uso, proporcionando uma experiência personalizada e mais saudável. Tecnologia e sensores inteligentes podem ajudar, ajustando iluminação, ventilação e outras características de acordo com o comportamento do usuário, promovendo não apenas conforto, mas também eficiência energética e sustentabilidade.
Unindo todos esses elementos, a arquitetura que promove ambientes saudáveis e sustentáveis transcende seu propósito funcional, criando espaços que cuidam do bem-estar humano e ambiental. Esse tipo de projeto estabelece um equilíbrio entre inovação e responsabilidade, contribuindo para uma vida mais conectada, harmoniosa e consciente.
Bia Gadia
CAU: A121847-6
Arquiteta e Urbanista, especialista em Design de Interiores, Arquitetura Sustentável e Saudável, Arquitetura Hospitalar e Neurociência aplicada à arquitetura