Dois livros, escritos por colinenses, estão em pré-venda para aquisição do público. Um deles, “Barriga e Lombriga” é a primeira obra literária do palhaço, ator e professor Vagner Cotrim. O escritor Evandro Andrade Gonçalves lançou “A Última Esperança”, 2º volume da pentalogia iniciada com o lançamento do 1º volume em 2022. Saiba mais sobre os livros e os autores na página 3
O Maio Laranja é o mês dedicado à prevenção e ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. A data principal da campanha é 18 de maio, instituída por lei federal em 2000, em memória de um crime bárbaro ocorrido em 1973, envolvendo uma menina vítima de violência sexual e assassinato. Essa data se tornou símbolo da luta por justiça e pela proteção da infância. A campanha utiliza a cor laranja por sua energia vibrante, que representa o alerta e a urgência do tema. Outro símbolo marcante é a flor de gérbera, escolhida por sua delicadeza e por lembrar a fragilidade da infância, reforçando a necessidade de cuidado, atenção e proteção às crianças e adolescentes.
O abuso sexual infantil ocorre quando uma criança ou adolescente é usado para fins sexuais, geralmente por alguém em quem confia e que faz parte de seu convívio, como familiares, vizinhos ou conhecidos. Já a exploração sexual envolve algum tipo de troca — seja dinheiro, presentes ou favores — e acontece em contextos como a prostituição, produção de pornografia e turismo sexual. Ambas as formas de violência causam traumas profundos e duradouros, afetando o desenvolvimento físico, emocional e social das vítimas.
Reconhecer os sinais de abuso é essencial para proteger as crianças. Entre os indícios mais comuns estão mudanças de comportamento, como retraimento, agressividade, tristeza frequente ou choro sem motivo aparente. Também é comum a baixa autoestima, dificuldades para manter amizades, isolamento social e medo ou rejeição de uma pessoa específica. Mudanças bruscas no modo de vestir, no círculo de amigos e a queda no rendimento escolar podem indicar sofrimento silencioso.
Além disso, sinais físicos e emocionais mais severos podem surgir, como automutilação, tentativas de suicídio, distúrbios alimentares, gravidez precoce, uso de drogas e desejo de fugir de casa. A preocupação excessiva com temas sexuais, verbalizações inapropriadas para a idade e lesões no corpo, especialmente em regiões íntimas, também devem ser levadas a sério.
A prevenção envolve diálogo constante e escuta ativa. É importante ensinar às crianças que seu corpo lhes pertence e que ninguém pode tocá-las sem consentimento. Elas devem saber que podem e devem dizer “não” quando se sentirem desconfortáveis, mesmo diante de adultos próximos. Manter adultos de confiança informados sobre seus passos, evitar contato com desconhecidos na internet e não aceitar presentes em troca de carinho são atitudes que ajudam a protegê-las.
O combate ao abuso sexual infantil exige atenção, empatia e ação. Proteger a infância é um dever coletivo da família, da escola e de toda a sociedade.

Psicóloga Dara Parolin Ribeiro Rodrigues
CRP: 06/150922
