Destaques da Semana

Afinal: a pecuária é a vilã na emissão de gases do efeito estufa?

Mais uma vez a criação de bovinos esteve em um debate polêmico sobre a emissão de gases do efeito estufa.

Em dezembro o Banco Bradesco veiculou uma propaganda com 3 influenciadoras que sugerem a redução do consumo de carne e adesão a “segunda-feira sem carne” já que a produção da proteína contribui para a emissão de gases do efeito estufa.

O assunto ganhou repercussão nacional e pecuaristas de todo país criticaram o banco, exigindo retratação e, como protesto, patrocinaram churrasco (na segunda-feira) em frente a algumas agências em várias cidades.

Eles contestam a informação e ainda disseram que, de acordo com estudos, a pecuária retém os gases do efeito estufa por meio das pastagens, etc e tal.

GÁS METANO

Segundo informações, a fermentação entérica é um dos fatores que contribuem para as emissões no âmbito da pecuária. Ela se refere ao processo de digestão do rebanho bovino, durante o qual os animais liberam gás metano via eructação – o popular “arroto” do boi. O aumento dos Gases do Efeito Estufa tem sido apontado como uma das principais causas das mudanças climáticas porque aumentam o potencial de aquecimento global. O dióxido de carbono (CO₂), o metano (CH₄) e o óxido nitroso (N₂O) são os principais GEEs.

MAIS PROPAGANDA CONTRA A CARNE

A rede de restaurantes de comida italiana Spoleto também embarcou na onda de sugerir a redução do consumo de carne com as seguintes informações: “Com um dia sem carne você economiza: 3,4 mil litros de água; 14 kg de CO₂ na atmosfera; 24 m2 de terras desmatadas”. A propaganda também fez referência ao movimento “Segunda-feira sem carne”.

Logo em seguida foram postadas nas redes sociais uma enxurrada de críticas, principalmente dos pecuaristas. No último dia 7 o Spoleto cancelou a propaganda e pediu desculpas aos parceiros do agronegócio.

PESQUISADOR DA APTA FALA A RESPEITO

O professor doutor em Zootecnia, Flávio Dutra de Resende, chefe da APTA/Colina, pesquisador cientifico e coordenador do projeto “Boi 7.7.7” concedeu entrevista à reportagem sobre o assunto.

O COLINENSE: A pecuária é a vilã quando se trata da emissão de gases de efeito estufa?

FLÁVIO: Como o bovino produz metano, se déssemos um resposta simplista, sim, porém o que importa é o balanço de carbono e principalmente a carne brasileira por ser produzida a pasto, a melhor resposta seria “qual a origem da carne”? Se ela vier de sistemas de produção que adotam tecnologias que antecipa a idade ao abate; que usa boas técnicas de manejo de pastagens, a resposta seria não pois o impacto é mínimo ou inexistente pois as paragens bem manejadas são excelentes sequestradoras de carbono! E ainda mais, se as fazendas adotam integração agricultura/pecuária esse balanço é positivo e nesse caso, a carne esta contribuindo com o planeta e não é a vilã, como muitos falam!

OC: Números controversos ilustram esta relação gado x gases de efeito estufa. Em 2006, a FAO (Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas) divulgou um documento afirmando que a agropecuária era responsável pela emissão de 18% dos gases de efeito estufa do planeta.

Em 2015, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA apresentou estudo de que este número seria 4,2%, sendo que o bovino de corte representava 2,2%

Já em estudo mais recente feito pela a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, revelou que a atividade pecuária não pode ser analisada de forma isolada e sim no sistema onde está inserida. Os pesquisadores concluíram que as pastagens bem manejadas podem reter mais carbono do que o emitido pelos bovinos.

Como o Sr. analisa estes dados?

FLÁVIO: O bovino, como todo ruminante (girafa por exemplo), possui um estômago composto, o que torna-o capaz de utilizar alimentos não utilizados pelos seres humanos para sobreviverem.  Assim, o rúmen que é parte do estômago dos ruminantes, é um dos locais de digestão dos alimentos e possui uma população de microrganismos que aproveitam os alimentos, digerindo-os total ou parcialmente e com isso gerando nutrientes para o crescimento animal.  Nesse processo, invariavelmente, há a produção de metano que é expelido pelo arroto dos animais e esse gás é um dos causadores do efeito estufa.  A discussão sobre esse ponto é muito polêmica e o mais importante a ser observado é o balanço, ou seja, eliminação e fixação de carbono. Assim, pastagens bem manejadas, além de propiciarem melhor viabilidade econômica aos pecuaristas são capazes de sequestrar carbono da atmosfera, via fotossíntese, e com isso mitigar o processo de liberação de gases de efeito estufa,  promovido pelo bovino. Além disso, sistemas integrados com a agricultura e/ou floresta apresentam balanço positivo, ou seja, sequestram carbono oriundos de outros setores, dentre os quais os que usam combustíveis fosseis (carros por exemplo),  geração de energia elétrica (movida a carvão), lixões urbanos, etc…  A polêmica gerada pelas 3 influenciadoras do Bradesco é mais uma, porém a Pesquisa Brasileira já demonstrou que os sistemas de produção que adotam tecnologia são eficientes na mitigação do carbono, além de gerar emprego e renda para muitos brasileiros. Como o sistema de produção brasileiro é essencialmente a pasto, torna-o diferenciado em relação à outros países que não possuem pastagens como aqui.  Cabe ao consumidor de carne procurar informações mais confiáveis para subsidiar a sua decisão quanto aos hábitos de consumo.

OC: Comer carne bovina contribui para a emissão de gases do efeito estufa?

FLÁVIO: Como já abordado nos comentários anteriores, se o consumidor de carne bovina esta adquirindo a sua carne oriunda de propriedades que praticam boas práticas de manejo de pastagens ou adotam sistemas de integração agricultura/pecuária e/ou eventualmente floresta, pode ficar tranquilo que não estará contribuindo com as emissões de gases de efeito estufa. Outras mudanças de hábitos, tais como reduzir o uso de combustíveis fósseis, geração de lixo para serem depositados em lixões, são medidas mais adequadas para ajudar a reduzir as emissões.

OC: Uma dieta vegetariana ajuda a reduzir o aquecimento do planeta?

FLÁVIO: Na minha opinião, o consumidor é livre em tomar as suas decisões quanto aos seus hábitos de consumo e certamente, a emissão de gases de efeito estufa colocada na conta dos bovinos não é justa, conforme comentado.   As informações colocadas na mídia trazem informações distorcidas e que influenciam o consumidores e não podemos deixar de destacar que grande parte da população mundial apresenta deficiências na ingestão de proteínas de origem animal. A carne vermelha é fonte de nutrientes importantes para a nutrição humana, tais como aminoácidos essenciais, minerais, vitaminas e ácidos graxos essenciais, inclusive esses últimos, produtos de origem animal são fontes de ácidos graxos conjugados que exercem papeis importantes no controle de doenças coronarianas, diabetes, dentre outras.  Antes de tomar uma decisão de excluir um determinado tipo de alimento da sua dieta é importante entender as funções desse alimento para a sua saúde e não tomar decisões através de  notícias que muitas vezes apresentam informações distorcidas.

OC: Qual o número de cabeças do rebanho brasileiro?

FLAVIO: Segundo dados do IBGE, o rebanho bovino brasileiro atingiu 218 milhões de cabeça em 2020, porém outros Instituições, como a ATHENAGRO que coordena o Rally da Pecuária, divulgou estatísticas bem menores, cerca de 180 milhões de cabeças.  Independentemente das discussões sobre o número, acreditamos que o rebanho seja bem menor que os dados publicados pelo IBGE pois nos últimos 12 anos, a idade média de abate no Brasil caiu de mais de 40 meses para 36 meses, e mais recentemente, para atender o mercado chinês, muitos pecuaristas  estão abatendo seus animais com no máximo 30 meses de idade. Isso promoveu uma valorização na reposição (bezerro/boi magro) e, em 2021 esses valores passaram de 45% de ágio no valor da @ do bezerro em relação a @ do  boi gordo. Essa pressão na necessidade de reposição mais rápida promovida pela redução na idade média ao abate, reduziu muito as categorias de boiadas acima de 30 meses no rebanho brasileiro, razão pela qual acreditamos mais nos números divulgados pela ATHENAGRO.  Outro ponto relevante é que para abater animais mais jovens, houve a necessidade de adoção de tecnologias tais como suplementação a pasto, adubação, melhorias nos padrões genéticos, maior adoção de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), dentre outras.  O resultado disso foi o aumento na lotação das fazendas e com isso, menor demanda de áreas de terras para criação de bovino. Atualmente, estima-se que as áreas de pastagem no Brasil são de 160 milhões de ha e já chegou a 220 milhões. Essa ¨economia de terra¨ foi graças a adoção de tecnologia nas fazendas brasileiras e destinação de áreas de pastagens para agricultura e, atualmente, os projetos de integração agricultura/pecuária crescem muito nas principais áreas com aptidão agrícola do Brasil e é isso, a chamada terceira safra (safra de Boi), feita após a safrinha é que torna o Brasil como principal player no mundo de Produção de alimentos.  Mesmo na pandemia, o PIB do setor de agronegócios foi sempre positivo, 26,6% em 2020 e 17,06% em 2021, garantindo, além de alimentos, emprego e renda para a população brasileira.

OC: Como está o projeto do Boi 7.7.7? Existe a possibilidade de realizar o Dia de Campo este ano na APTA?

FLÁVIO: O Projeto do Boi 777 tornou-se referência como sistema de produção de bovinos de corte para muitos pecuaristas do Brasil. Fazemos treinamentos periódicos para pecuaristas de todo o Brasil e temos a satisfação de ver o reconhecimento do trabalho realizado pela APTA/Colina que além da excelência na produção de equinos para a Polícia Militar, gera informações técnicas importantes para a sociedade brasileira.

O dia de Campo da APTA, denominado Beef Day, já teve duas edições  (2016 e 2018) e foi um sucesso de público, contando com mais de 1200 pecuaristas oriundos de diversas regiões do Brasil e até do exterior. Ele estava previsto para acontecer em 2020 e por razões da pandemia teve que ser cancelado e agora em 2022, esta programado para acontecer em agosto.  Estamos acompanhado as questões sanitárias e obviamente  só será realizado, respeitando-se as orientações das autoridades sanitárias de Colina e do Estado de São Paulo.

OC: O Boi 7.7.7 tem um impacto diferente neste processo?

FLÁVIO: O projeto do Boi 777 preconiza abater um boi com 21@ em até 24 meses de idade. Para alcançar esse objetivo, o pecuarista precisa adotar técnicas de manejo de pastagem e uso estratégico de suplementação, principalmente nos períodos que a qualidade do pasto é inferior.  O resultado de tudo isso é melhor viabilidade econômica para produtor e também uma carne de melhor qualidade que atende os principais mercados consumidores.  O conjunto das ações adotadas para produzir o Boi 777 também promove uma mitigação dos gases de efeito estufa pois o balanço desses gases fica nulo e/ou até positivo.  Quanto mais produtores adotarem as tecnologias produzidas no projeto e os consumidores de carne bovina procurarem mais informações confiáveis, ações como  a das três influenciadores gerarão menos polêmicas.

COLINENSE, PESQUISADOR DA USP, DIZ QUE PRODUÇÃO PECUÁRIA SUSTENTÁVEL É BASTANTE VIÁVEL E EFICIENTE

O colinense Adibe Luiz Abdalla é doutor em nutrição animal na USP/Piracicaba onde coordena a pesquisa “estratégias nutricionais para redução de metano em ruminantes”. Ele disse que atualmente o seu grupo de pesquisa no Laboratório de Nutrição Animal do Centro de Energia na Agricultura da Universidade de São Paulo em Piracicaba está estudando emissões de gases do efeito estufa, estoques de carbono e de nitrogênio, além da produção de metano em ruminantes consumindo biomassa produzida em sistemas integrados com forragens, arbustos e árvores (folhas e frutos).

Em 2010 ele concedeu entrevista ao “O COLINENSE” quando esteve em visita aos saudosos pais Juvenal/Arlete. Na ocasião ele revelou que dados científicos mostravam que a pecuária era responsável pela emissão de 22% de gás metano no planeta. Naquele ano, ele e três cientistas representaram o Brasil no 4º Congresso Mundial de Gases do Efeito Estufa em Animais e na Agricultura.

O congresso concluiu que “o mundo precisa mais do que dobrar a quantidade de alimentos produzida até 2050 para suprir as necessidades dos habitantes e o grande desafio da pecuária é aumentar a produção com a redução da emissão dos gases do efeito estufa”. Confira entrevista concedida à reportagem.

OC: A pesquisa sobre alimentos que reduzem a emissão de metano 

por bovinos já foi concluída? 

ADIBE: A  ciência  é  um  processo  de  refino  do  conhecimento  e  os  resultados  encontrados  por pesquisas  estão  constantemente  sendo  colocados  à  prova.  Não  se  pode  dizer  que  as pesquisas sobre estratégias alimentares para reduzir a emissão de metano por bovinos tenham  se  encerrado,  sempre  existirá  novas  formas  de  se  abordar  estratégias  para  a produção sustentável de alimentos de alta qualidade e valor proteico  como o leite e a carne.

OC: Quais os resultados (percentual de redução de gases em comparação 

com dieta normal)? Já está disponível para os pecuaristas? 

ADIBE: Hoje, de acordo com a “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da FAO – FAO-ADS”1, estuda-se a “Pegada de carbono – Carbon footprint” e particularmente para avaliar a redução nas emissões de metano na pecuária de ruminantes (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos), mede-se a “intensidade de metano” ou a quantidade de litros de metano por  kg  de  carne/leite  produzidos  por  ano.  De  acordo  com  a  literatura  nacional  e internacional, as opções disponíveis podem reduzir a emissão do metano entérico entre 0,5% a 25% (em kg de CO2e/kg de produto) em relação ao sistema tradicional, pastejo com  pouca  tecnificação.  Algumas  estratégias  já  vêm  sendo  adotadas,  tais  como  as estratégias de manejo da alimentação e da dieta: inclusão de óleos, aproveitamento de forragens de melhor qualidade com inclusão de leguminosas, plantas com elevado teor de taninos  e  principalmente  pastagens  multi-espécies  com  gramíneas,  leguminosas  e arbustos.  Tem-se  também  estratégias  de  manipulação  da  fermentação  ruminal,  que incluem  o  uso  de  ionóforos,  de  nitrato,  de  óleos  essenciais  e  de  extrato  de  taninos.1  https://brasil.un.org/pt-br/91863-agenda-2030-para-o-desenvolvimento-sustentavel

Algumas estratégias como o uso de inibidores químicos da produção de metano no rúmen e  de  algumas  algas  marinhas  que  também  contém  inibidores  da  metanogênese  ainda requerem maiores estudos e devem demorar a serem empregadas. As nossas pesquisas à época da entrevista anterior (2010), eram exatamente com plantas com elevado teor de taninos  e  extratos  de  taninos.  Os  nossos  resultados,  em  consonância  com a  literatura, mostram redução de 5 a 15% nas emissões absolutas de metano quando da inclusão de taninos na dieta de ruminantes

OC: Em 18/11/2010 o Sr. concedeu entrevista à nossa reportagem informando que dados científicos relataram que a pecuária era responsável pela emissão de 22% do gás metano no planeta. No entanto, representantes do setor da pecuária contestam estes números e até dizem que as pastagens sequestram mais gases do efeito estufa do que a produção pelos bovinos. Como analisa esses dados? 

ADIBE: Dados recentes mostram que em 2020 (https://plataforma.seeg.eco.br/total_emission) o Brasil emitiu cerca de 20.241 Mt (mega toneladas) de metano; destes, 71,9% foram do setor agropecuário e cerca de 13.320 Mt foram oriundos da fermentação entérica. São dados em emissões absolutas, não consideram a quantidade de carne e/ou leite produzido pelos bovinos. Não é o caso de se contestar mas sim discutir os dados, por exemplo, em termos de intensidade de metano emitido, em Mt de CH4 / Mt de carne, a fermentação entérica reduziu linearmente a intensidade de metano de 1,81 em 2016 para 1,60 em 2020. A literatura mostra que pastagens integradas com árvores e/ou arbustos trazem diversas melhorias ao sistema de produção animal: aumento da produtividade do sistema, aumento da  biodiversidade  e  estoque  de  carbono  no  solo,  melhora  na  qualidade  da  biomassa disponível para o animal, melhora aproveitamento de fertilizantes aplicados e aumento do potencial de mitigação dos GEE.

OC: O debate sobre o assunto ganhou destaque após a propaganda do Bradesco “Segunda-feira sem carne”. Afinal a pecuária é a vilã quando se fala em emissão de gases do efeito estufa? 

ADIBE: Não é tão vilã, mas também não deixa de ser vilã. É bastante viável e eficiente a produção pecuária     sustentável.     Para     a     “Agenda     Global     para     Pecuária     Sustentável (http://www.livestockdialogue.org/about-agenda/about-the-agenda/en/)”,       para       ser sustentável,  o  crescimento  do  setor  precisa  enfrentar  simultaneamente  os  principais desafios ambientais, sociais e econômicos: a crescente escassez de recursos naturais, as mudanças  climáticas,  a  pobreza  generalizada,  a  insegurança  alimentar  e  as  ameaças globais à saúde animal e humana.

OC: Comer carne bovina contribui para a emissão de gases que prejudicam a camada de ozônio? 

ADIBE: A produção de proteína animal emite metano e óxido nitroso, gases de efeito estufa (GEE) que  prejudicam  a  camada  de  ozônio.  Entretanto,  hoje  em  dia,  a  pecuária  extensiva  e extrativista não tem mais lugar nos sistemas de produção de carne e leite. Não é rentável e  nenhum  pouco  sustentável.  A  produção  de  alimentos  emite  GEE,  seguindo  a

recomendações  da  FAO-ADS,  essa  emissão  será  menos  intensa  e  agredirá  menos  o planeta.

OC: Conforme as propagandas, se a população adotar uma dieta vegetariana estaria ajudando a reduzir o aquecimento do planeta? 

ADIBE: Não  concordo,  uma  vez  que  a  dieta  vegetariana  pode  ser  produzida  com  “pegada  de carbono”  tão ineficiente e  não-sustentável  quanto a  da  pecuária  extensiva.  Quando  as práticas recomendadas para desenvolvimento sustentável não são adotadas, a produção de qualquer alimento terá impactos negativos ao nosso ecossistema.

OC: O que falta para a pecuária brasileira ser ecologicamente eficiente? 

ADIBE: Em termos de desenvolvimento sustentável, a pecuária brasileira vem se tecnificando e se  adaptando  à  nova  ordem.  A  pecuária  extensiva  e  extrativista  está  mudando  para melhorias no manejo das pastagens, introduzindo pastejos rotacionados com adequada lotação animal e reduzindo a monocultura de gramíneas para a produção de biomassa de melhor qualidade a ser consumida pelos animais com a introdução de leguminosas e/ou arbustos.