Ação apreende R$ 28 mil, uma caminhonete e investiga açougue por venda de carne proveniente de abate clandestino
A Polícia Civil de Colina solicitou e a justiça local expediu quatro mandados de busca e apreensão domiciliar que foram cumpridos nas primeiras horas da manhã de sexta-feira, dia 4, em um açougue da Vila Guarnieri e em endereços de pessoas vinculadas ao estabelecimento, que estaria vendendo carne abaixo do preço de mercado proveniente de abate clandestino ocorrido em propriedades rurais do município.
A ação foi comandada pelo delegado Daniel Gonçalves, que responde por Colina com a participação do delegado Rafael Domingos (Barretos) e policiais civis dos dois municípios. O trabalho foi realizado pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil de Colina e contou com a colaboração de uma das vítimas que teve uma vaca abatida e furtada da fazenda.
Além do açougue, os policiais também estiveram em mais duas residências da Vila Guarnieri e numa chácara situada às margens da Rodovia Renê Vaz de Almeida, que liga Colina a Monte Azul. No açougue foram apreendidos 6 pacotes de cigarros encaminhados à Polícia Federal e R$ 2.086,00 que se encontrava no caixa do estabelecimento. Nas outras duas residências, também na Vila Guarnieri, os policiais apreenderam as quantias de R$ 12.230,00, R$ 13.767,00 e uma caminhonete F250, preta, ano 2001. Na chácara nada foi encontrado. O valor apreendido totaliza R$ 28.083,00. A polícia também tomou posse de diversos celulares durante a operação.
DNA CONFIRMA ORIGEM DA CARNE
O policial civil Leonardo e uma das vítimas estiveram no açougue e avistaram do lado de fora do estabelecimento uma perua Kombi sem os bancos traseiros e suja de barro, o que chamou a atenção. Dentro do estabelecimento também havia algumas peças de carne muito avermelhadas e com bastante gordura, característica da raça furtada em uma das propriedades. O fato fez a polícia e a vítima suspeitarem da procedência da carne.
A vítima adquiriu uma peça de carne suspeita vendida pelo açougue que foi encaminhada a um laboratório para a realização de exame de DNA, que testou positivo, ou seja, a carne vendida no açougue é da raça da vaca abatida e furtada na propriedade.
Dr. Daniel disse que o trabalho policial teve por objetivo a coleta de provas para auxiliar a investigação que prossegue para identificar outras vítimas e autores destes crimes. “O cumprimento dos mandados nos endereços solicitados foram essenciais para a coleta de demais elementos de provas para o prosseguimento das investigações que continuam em andamento”, declarou o delegado. Até o momento ninguém foi preso.