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Casal indiciado por tortura está preso

Defesa já apresentou pedido de liberdade

O casal indiciado por torturar duas crianças, de 6 e 7 anos, que estavam sob seus cuidados foi preso na tarde do último dia 16. A Polícia Civil efetuou as diligências para dar cumprimento ao mandado de prisão expedido pela justiça, que acatou a denúncia do Ministério Público.

O Poder Judiciário recebeu a denúncia, oferecida pela Promotoria de Justiça no último dia 15 e decretou a prisão preventiva dos dois envolvidos, por tempo indeterminado, que foi mantida na audiência de custódia. O casal está preso no CDP de Taiúva onde permanece à disposição da justiça.

“O casal foi preso a pedido do MP e agora segue o trâmite do processo criminal. Os réus são citados, apresentarão defesa e, posteriormente, será designada audiência de instrução e julgamento”, explicou a promotora designada Paloma Marques Pereira.

Os pais estavam inscritos no Cadastro Nacional de Adoção e em setembro de 2022 obtiveram a guarda provisória das crianças que, até aquele momento, estavam em situação de acolhimento institucional.

O Ministério Público do Estado relatou em matéria publicada em seu site que: “Uma das vítimas, que possui malformação anorretal e utiliza bolsa de colostomia, era obrigada a dormir no estrado da cama, sem colchão, para evitar o eventual vazamento de fezes. Entre as torturas praticadas pelos acusados estavam ainda queimaduras, mordidas, enforcamentos e agressões na região genital”.

O caso chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar e da Polícia Militar quando parentes de um dos envolvidos perceberam a presença de hematomas em uma das vítimas, desencadeando a instauração do inquérito policial que culminou com a decretação das prisões.

HABEAS CORPUS

A reportagem manteve contato com a defesa do casal que informou que como o processo está sob segredo de justiça não pode dar maiores detalhes do caso. “O pedido de liberdade foi apresentado no dia 17 anexado de diversos documentos que comprovam a desnecessidade da prisão. Aguardamos a decisão do juiz para tomar as providências necessárias. Neste momento, nosso objetivo é assegurar que eles respondam à acusação em liberdade”, declarou o advogado que é de Ribeirão Preto.