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Um dos acusados do crime será julgado novamente

CASO BRANCO

Um dos acusados do crime será julgado novamente

Mais de quatro anos se passaram e o caso Branco continua sem respostas. Essa é a indignação da família já que os dois envolvidos foram absolvidos pelo Tribunal do Júri.

O julgamento, que durou praticamente dois dias, foi o mais longo da justiça colinense. O Conselho de Sentença acatou a tese da defesa e, por maioria de votos, absolveu os dois acusados que nunca confessaram o homicídio. A tese de defesa foi pela negativa de autoria já que as provas não ligam os réus ao crime.

Com a absolvição dos dois acusados, apontados pelas investigações da polícia como autores do homicídio, o caso ficou sem culpados. O veredicto  causou a revolta dos familiares da vítima que até hoje esperam respostas para a pergunta: “Quem matou Branco?”.

Essa dúvida pode chegar ao fim na próxima segunda-feira, dia 30, quando um dos acusados pelo crime irá novamente a julgamento. A sessão do Tribunal do Júri tem início às 9h com o sorteio dos jurados.

Laerte Izopp, de 53 anos, desapareceu em maio de 2019 e seu corpo foi encontrado três dias depois na área rural de Colina com sinais de execução. Além de múltiplos ferimentos, foi encontrado um projétil na nuca da vítima. As buscas da polícia, da própria família e amigos mobilizaram a cidade na época.

DECISÃO CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS

A promotora substituta Paloma Marques Pereira informou que o primeiro julgamento, realizado há 3 anos, em setembro de 2020, foi anulado parcialmente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

“A anulação foi requerida pelo Ministério Público, já que a decisão foi considerada manifestamente contrária à prova dos autos. As provas são contundentes e, na visão do Ministério Público, a materialidade e a autoria do crime são suficientemente comprovadas nos autos”, explicou a promotora que salientou: “Não há nenhum fato novo, a investigação foi finalizada em data anterior ao primeiro julgamento. A lei determina que o novo julgamento aconteça com as provas que foram produzidas durante as investigações policiais e em juízo, de modo que, para o Ministério Público, não há necessidade de novas provas, pois aquelas que estão nos autos são suficientes para a condenação do réu, tanto que a decisão absolutória foi objeto de recurso ministerial naquela oportunidade”.

“Somente um réu será julgado novamente, já que o Tribunal de Justiça deu provimento parcial ao recurso do MP. Foi anulada a decisão absolutória com relação a um dos réus, que será submetido ao novo julgamento. O réu está em liberdade desde o primeiro julgamento”, esclareceu a Dra. Paloma. O júri será realizado no Fórum colinense e os jurados serão diferentes do primeiro julgamento.