Atitude precisa se tornar hábito constante
Na estiagem é comum as campanhas de racionamento para economia de água, mas essa é uma atitude que precisa se tornar em um hábito constante, já que o aquecimento global tem secado minas e reduzido o nível dos reservatórios superficiais e dos poços artesianos.
Colina não depende de captação superficial e o abastecimento da cidade é feito por mais de 20 poços artesianos, instalados em diversos pontos da cidade. Alguns bairros até possuem o seu próprio poço. Em caso de eventualidade, como a falta d’água em determinada região, a rede monitorada pelo SAAEC – Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Colina permite suprir a deficiência de outro bairro em caso de problemas.
Por esse motivo a maioria dos colinenses acredita que o município se encontra em uma situação privilegiada, diferente dos municípios da região que dependem de açudes, represas e rios como fonte de abastecimento.
A reportagem procurou o diretor do SAAEC, Ricardo Casagrande, que frisou que essa mentalidade não é verdadeira e precisa mudar. “O Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) tem nos alertado para a redução do nível dos poços artesianos com o aumento das temperaturas, o que já estamos sentindo na prática. Precisamos nos conscientizar e não desperdiçar água que temos com abundância. Temos uma das taxas mais baratas de água da região, que acaba contribuindo para o desperdício e a falta de conscientização. Precisamos adotar medidas simples para reduzir o consumo para que a situação não piore”, destacou Casagrande que ressaltou: “Se o consumo diminui o poço trabalha menos e seu nível é recuperado mais rápido. Os gastos com flúor, cloro e energia elétrica também serão reduzidos. É uma cadeia que gera economia, principalmente de água. Se gastarmos apenas o necessário e essencial vamos continuar tendo fartura de água”.
CAMPANHA ANTES DE MULTAS
O diretor disse que antes da aplicação de multas o Saaec está pedindo a colaboração da população. “Primeiro optamos pela orientação através da campanha. Estamos em um período difícil que é necessário a economia de água. Temos uma equipe que está percorrendo os bairros, monitorando os excessos. Se não houver cooperação vamos começar com a aplicação de multas”.
Há quase 60 dias não chove e os efeitos da secura têm se intensificado. O pior é que não há previsão de chuva pelos próximos dias, então é preciso conscientização porque o consumo está alto em toda cidade.
“Infelizmente muitos consumidores utilizam a mangueira como vassoura, reaproveite a água de reuso proveniente da lavagem de roupas e da troca da água de piscinas. Pedimos a colaboração e compreensão de todos para que se gaste menos água adotando atitudes conscientes. Há tarefas, como lavar a calçada, que não necessitam ser feitas todos os dias. Em lugar da mangueira utilize a vassoura”, concluiu Ricardo.