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Produtor reclama de serviços na rodovia

O produtor rural Marcelo Almeida de Felicio, que usa a Rodovia Renê Vaz de Almeida (Colina/Monte Azul) diariamente, reclama dos serviços realizados no acostamento da estrada que suprimiu a grama e tem causado erosões no trajeto.

Segundo Marcelo, as obras de recuperação da rodovia começaram a cerca de 30 dias e o primeiro serviço foi a retirada da grama que ficava no acostamento. “Não sou especialista em estrada, porém sou engenheiro agrônomo e tenho uma posição muito crítica com relação à erosões e serviços que não visam a conservação do solo e meio ambiente, portanto o trabalho começou de forma equivocada. Refundou o acostamento, deixando o solo friável, sem compactação para plantio novamente de 1 metro de faixa de grama, que no declive foi arrastada pela chuva. Estamos em plena época de chuvas e arrancar a grama às margens da rodovia é abrir a porteira para a erosão. A água da chuva lavou o acostamento e provocou perigosos buracos por toda extensão. Consequentemente os córregos passaram a receber um grande volume de terra, causando o assoreamento”, declarou Marcelo que acrescentou: “Sabemos que o recapeamento da rodovia é muito bem-vindo pra todos nós, porém começou de uma forma equivocada, trazendo muito perigo aos usuários e prejudicando o meio ambiente”.

Outros produtores rurais também reclamaram da erosão no acostamento, inclusive os que utilizam a estrada municipal de acesso ao Monte Belo. A interligação com a rodovia ficou inacessível no auge das chuvas.

MUITA CHUVA

O colinense Abdo Ramadan é o proprietário da empresa responsável pelo serviços de recapeamento da vicinal. O Grupo Ramadan venceu a licitação junto ao Governo Estadual para execução do recape nos 24 km da estrada ao preço de R$ 14.131.617,76. As obras iniciaram-se em novembro e têm 1 ano de prazo para conclusão.

“Estamos executando os serviços de acordo com a planilha. No contrato estabelece que temos que fazer a drenagem da água que corre sobre a pista para evitar acidentes por conta da aquaplanagem e também para que o pavimento tenha durabilidade. Então fomos obrigados a rebaixar o acostamento. O fato é que choveu demais, acima da média e provocou algumas erosões. Porém isso será corrigido no período da seca”, declarou Abdo.

Ele também informou que aguarda uma estiagem maior para iniciar os remendos e, em seguida, a capa asfáltica. “Temos total conhecimento que a estrada é de extrema importância para Colina e para os agricultores. Estamos abertos ao diálogo para fazer o melhor para nossa cidade e região”, finalizou o empresário.

DER FAZ ACOMPANHAMENTO

O diretor do DER, regional Barretos, Miguel Pentino, informou  que os serviços são supervisionados pelo órgão. Disse que a obra é de recuperação da estrada com reparos na base, instalação de uma capa asfáltica no leito carroçável e sinalização de solo. Não estão relacionadas obras no acostamento, apenas obras pontuais de retirada de água da pista para maior durabilidade da pavimentação.

Sobre a reclamação dos produtores ele informou que a equipe de fiscalização está acompanhando o trabalho de perto e se houver necessidade a empresa poderá ser notificada.