Notícias da Paróquia

Notícias da Paróquia 24/03 a 30/03

Dia 24 – Quinta-feira

20h – Confissões na Paróquia de Santa Ana e São Joaquim – Barretos

Dia 25 – Sexta-feira

20h – Confissões na capela MADRE PAULINA – Barretos

Dia 26 – Sábado

19h – Missa na Matriz

Dia 27 – Domingo

08h – Missa na Matriz

09h30 – Missa com as crianças na Matriz

19h – Missa na Matriz

Dia 29 – Terça-feira

19h30 – Via – Sacra na Matriz

20h – Confissões em Jaborandi

Dia 30 – Quarta-feira

19h30 – Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na matriz

20h – Confissões na Paróquia de Santo Antônio – Barretos

“A PARÁBOLA DO PAI MISERICORDIOSO”

         Essa parábola é tão rica em sinais e símbolos que teríamos que colocá-la em todo um processo. Um exegeta americano se deu ao luxo de estudar a Bíblia como se o Antigo Testamento fosse uma grande peça de teatro. Sendo especialista em Shakespeare, ele estuda e analisa a personagem chamada Javé – Deus. Faz uma análise como se fosse uma obra literária e mostra como a imagem de Javé, já no Antigo Testamento começa a mudar. Primeiro Ele aparece soltando fogo pelo nariz, jogando tempestades, raios, trovões. Todo mundo podia dizer: “Não queremos ver a Deus, porque se O virmos vamos morrer, ninguém que viu Deus saiu vivo”. Então era o terror, o verdadeiro pavor. O único que podia entrar no templo, onde estava – não Deus, mas a Lei – era o sumo- sacerdote, uma vez por ano. Vamos imaginar que o sacrário fosse coberto com um véu e vocês nunca pudessem vê-lo, nem entrar aqui. Só o vigário uma vez por ano e sozinho. Ver e falar com Deus. Então esse personagem vai dizendo quando Israel invade aquelas tribos lá da Palestina: “Mate a todos, mulheres e crianças. Que não fique ninguém, só fique o povo de Israel.” Lembro-me de um escritor que disse a Dom Serafim, ter ficados escandalizado com tanta morte, tanta violência descrita no Antigo Testamento. Ele perguntava: “Por que isso?”. Não era Deus, era a cabeça, o imaginário judaico da época. Então, lentamente, a mentalidade do povo judeu vai evoluindo até que aparece Jesus. E é nesse mundo que Ele fala. Imaginem então, o escândalo dessa parábola…Coisa chocante! Jesus também tem frases fortes. Fala de ranger de dentes, de fogo. Mas de repente Ele se esqueceu de tudo que falou e, parece que do seu coração saiu a experiência mais profunda que tinha de Deus Pai. E contou essa parábola, do Pai Misericordioso. É importante notarem o sentimento do Pai em relação ao filho que vai embora: a tolerância. Ele não disse nada, não foi atrás, não proibiu. Tolerou. O filho saiu, gastou o dinheiro, viveu uma vida devassa. O pai tolerou. Não passivamente, mas esperando. Vamos imaginar toda tarde ele olhando a janela, lá no horizonte, se por acaso alguma poeirinha denunciava o filho que voltava, como uma certeza interior, assim como muitos pais têm quando um filho se debanda. Esperam sempre que de repente alguma coisa aconteça e o filho volte. Agora aprendam, pais e mães, quando tiverem um caso desses na sua família. Aprendam a esperança e paciência de Deus. Não disse uma frase, não jogou nada no rosto do filho. Só disse da alegria por ele estar vivo: “Alegremos! Festejemos! Matemos um cabrito ou uma ovelha gorda, para que haja uma festa. Muito vinho, muita alegria”. Já o filho mais velho representa a nossa pequenez, a nossa visão. Isso é bem nós: nossa dificuldade em perdoar. Guardamos ódio, guardamos rancores. Ficamos magoados. Meses, meses, meses, anos magoados. Não há irmãos que não se falam dentro dessa cidade, dentro da nossa igreja? Irmãos que não conversam entre si?…Olhem para essa parábola e vejam Aquele que não cobra nada. Só quer a vida de todos nós, em qualquer circunstância, em qualquer situação. Não há nenhuma situação perdida. E aí fica a última frase: “Para quem tem fé, todo fim é um começo!”. Amém. Pe. JOSÉ ROBERTO ALVES SANTANAPároco