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Justiça mantém mandato do vereador “Limão”

“Esta postura rasteira envergonha a classe política”, diz vereador

O juiz local Fabiano Mota Cardoso acatou a Ação Ordinária com pedido de tutela antecipada de urgência pleiteada pelo vereador Christovam Junqueira Franco Varella “Limão” (PSDB) em face à Câmara Municipal, que extinguiu o mandato do vereador a pedido do suplente Celso Roberto de Lima “Beto Lima” (PSDB).

O presidente da Câmara, Rafael Maringá (PSDB), acatou o pedido do suplente que alegava que Limão teria faltado além do limite às sessões extraordinárias do Legislativo, baseado nos dispositivos do Regimento Interno da Câmara e declarou extinto o mandato do colega.

SUSPENSÃO

Antes mesmo de ocorrer a leitura da ata que efetivava a extinção, o advogado Luiz Manoel ingressou com uma Ação Ordinária de Nulidade com pedido de tutela de urgência, que foi acatada pelo juiz local. A extinção foi suspensa até a análise do mérito que aconteceu no último dia 3, mantendo o vereador Limão em seu mandato. Antes, porém, a Câmara apresentou agravo de instrumento, mas o Tribunal de Justiça manteve a liminar.

O juiz acatou a argumentação do advogado que diz que o Regimento Interno não pode prever hipótese de extinção de mandato eletivo. Sustenta também que o Regimento Interno viola o princípio da simetria com a Constituição Federal. Por fim o juiz reconheceu a inconstitucionalidade do dispositivo no Regimento Interno da Câmara e anulou a extinção de mandato exarada pelo presidente da Câmara.

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA

O vereador Limão declarou à reportagem que “a justiça foi feita”. Ele acrescentou: “Isso tudo foi uma grande perseguição política articulada com apoio de membros do meu próprio partido. Esta postura rasteira destas pessoas envergonha a classe política”.

Vereador Limão.