Destaques da Semana

IA detecta motoristas infratores em rodovias do interior paulista

Usar o celular e dirigir sem cinto dá multa de quase 300 reais

Câmeras com nova tecnologia detectam motorista sem cinto e utilizando celular em rodovia da região.

A tecnologia chegou ao policiamento rodoviário que não precisa estar presencialmente nas rodovias para aplicação de multas. Um novo sistema de câmeras com inteligência artificial (IA) passou a identificar motoristas que dirigem sem cinto de segurança ou utilizam o celular em rodovias do interior paulista.
A tecnologia começou a funcionar há pouco mais de um mês e, desde então, registra em média 90 flagrantes de irregularidades todos os dias. As imagens captadas pelas câmeras mostram motoristas e passageiros circulando sem o cinto de segurança e condutores falando ao celular enquanto dirigem, inclusive em veículos de carga.
O material é analisado por policiais militares rodoviários em tempo real, que verificam a infração antes de aplicar a multa. As penalidades variam de acordo com a gravidade: vão de infrações graves a gravíssimas, rendendo de cinco a sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multas que vão de R$ 195,23 a R$ 293,47.
De acordo com a concessionária Arteris Via Paulista, responsável pela nova tecnologia, depois de captadas, as imagens chegam ao Centro de Controle, onde policiais rodoviários fazem a checagem final, como a conferência da placa, ano e modelo do veículo e as lavratura da autuação no equipamento.
Além de facilitar o trabalho do policiamento rodoviário, a nova tecnologia previne sinistros de trânsito e o mais importante de tudo: preserva vidas. A falta do uso do cinto de segurança pelos motoristas e passageiros potencializa a gravidade em caso de um possível acidente.
Dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) apontam que o uso do celular ao volante aumenta em até 400% o risco de acidentes. A prática já é considerada a terceira maior causa de mortes no trânsito no Brasil, ficando atrás apenas do excesso de velocidade e da embriaguez.
A expectativa é de que, com o tempo, o uso da tecnologia incentive mudanças de comportamento entre os motoristas e passageiros.