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Ausência de carreta reduz número de mamografia e papanicolau

Rastreamento precoce e periódico aumenta chances de cura

O Dia Nacional da Mamografia, comemorado em 5 de fevereiro, foi um alerta para a queda no número dos exames realizados em todo o país. A pandemia é um dos fatores apontados pelos especialistas que contribuíram para esta redução. Em Colina não foi só o número de mamografias que sofreu queda, mas também os exames de papanicolau. 

Acostumadas com a carreta do Hospital de Amor, que não está vindo mais para a cidade por causa da pandemia, muitas mulheres deixaram de fazer os exames preventivos que são essenciais para o rastreamento precoce do câncer de mama e colo do útero.

A última vez que a unidade móvel do hospital barretense esteve em Colina foi há 2 anos, nos meses de novembro e dezembro de 2019. A carreta atendia um grande número de mulheres nas unidades de saúde onde ficava estacionada para facilitar o acesso das moradoras dos diferentes bairros, que agendavam os exames previamente no local mais perto de casa, onde também eram realizados.  

A reportagem procurou a Secretaria de Saúde que não divulgou os números, mas confirmou que a ausência da carreta do hospital barretense contribuiu para a diminuição dos exames entre o público feminino. “A carreta não está vindo por causa da pandemia, mas o papanicolau continua sendo realizado normalmente em todas as Estratégias de Saúde da Família (ESF). Para a mamografia é preciso passar por consulta com o ginecologista que fará o pedido”, informou Ana Lívia R. Bianchini Terribas, coordenadora da Secretaria de Saúde. Ela disse também que o atendimento na carreta já começou na região e Colina tem previsão de vinda para final de abril ou maio, mas a confirmação pelo Hospital de Amor será feita em março.

Diversos estudos mostram que a partir do rastreamento mamográfico, desde que realizado periodicamente, a mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%. Outra vantagem é que quando a doença é descoberta cedo os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura, sendo possível encontrar lesões em estágios iniciais e barrar que o câncer avance com o tratamento. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima-se que durante o triênio 2020/2022 cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama sejam identificados no país.