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Ataques à escolas despertam o debate sobre segurança

Diante dos lamentáveis ataques violentos à escolas  pelo país, políticos, autoridades e especialistas fomentaram a necessidade em debater o problema que necessita de respostas imediatas.

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL) defende a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de: “Identificar omissões governamentais de ações de prevenção, investigação e reparação anteriores e após os ataques. Na maioria dos casos, a resposta imediata das autoridades para os ataques resume-se a um maior policiamento nas escolas. Porém, tal medida é insuficiente, visto que a Polícia Militar apenas age de forma repressiva. É imprescindível ações de prevenção, investigação e reparação para evitar casos futuros”, disse Cavalcante.

Já o deputado Alberto Fraga (PL) defende a votação de um projeto que obriga a instalação de aparelhos detectores de metais nas entradas das escolas em todo o país. “Isso é importante porque, pelo menos, evita que um aluno entre armado até mesmo com uma faca. Material cortante ou arma de fogo serão detectados”, pondera o deputado.

Outros deputados defendem propostas que destinam recursos para a instalação de sistemas de monitoramento por vídeo e que obriguem a contratação de segurança armado para as escolas.

Combater a impunidade e endurecer a pena para este tipo de crime também estão entre as propostas dos políticos.

PSICÓLOGOS

Paralelo à discussão especialistas pedem a presença de psicólogos nos estabelecimentos de ensino. Esta proposta foi anunciada recentemente pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Segundo ele será dado suporte psicológico para orientar equipes escolares e estudantes.

Para os especialistas o tema segurança nas escolas ainda é muito negligenciado, precisa estar no centro do debate.

A valorização do professor também é fundamental, pois é ele quem identifica o aluno que está com problema, que está destoando dos demais.

Outro ponto apresentado é a profissionalização da gestão escolar. Em boa parte dos municípios brasileiros os gestores são indicados politicamente, sem nenhum critério técnico ou de experiência.

Todas as iniciativas são bem-vindas e vão de encontro ao clamor popular de que é preciso encontrar medidas concretas para combater a violência.

O problema deve ser enfrentado com o seriedade que merece.

É preciso refutar a visão míope de alguns que preferem negligenciar os fatos. Isso não soma.

O momento é de unir esforços e agir com a devida responsabilidade.